A campanha foi desenvolvida em 1991, quando mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL), iniciaram uma jornada com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo.
A Federação, através da Secretaria da Mulher, desenvolveu material de divulgação próprio, que traz a mensagem “Não se Cale”, para alertar sobre a importância de as vítimas denunciarem seus agressores para pôr fim à violência contra as mulheres. Segunda a publicitária Juliana Ramiro, a composição que ilustra a campanha deste ano usa muito a cor vermelha, que, na psicologia das cores está relacionada tanto com o amor como com o ódio. “O vermelho na peça tem duas funções: denunciar a cultura do ódio e do machismo, que vitimiza mulheres no mundo todo; e representar a luta pelo fim desta cultura, que passa pela valorização da mulher e o seu amor próprio, de não aceitar a violência calada”.

O Brasil é o quinto país do mundo em número de assassinatos de mulheres, segundo o Mapa da Violência de 2015. Esse e outros dados de violência de gênero foram reunidos no Dossiê Feminícídio, lançado em novembro pelo Instituto Patrícia Galvão. O levantamento também faz um alerta para a importância de dar visibilidade ao cenário de violência, a fim de mudar.

A diretora da Secretaria da Mulher da Fecosul, Silvana Maria da Silva, ressalta que só com a exposição e punição dos agressores será possível reduzir os números alarmantes da violência contra as mulheres no Brasil. “A cada 15 segundos uma mulher é vítima de violência no Brasil, e a grande maioria não denuncia e nem busca ajuda. Elas se calam! Não podemos contribuir para a continuidade velada da violência, vamos fazer a nossa parte, apoiando essas mulheres e ajudando à romper com esse silêncio. Nós, mulheres temo o direito à uma vida sem violência”.

A Fecosul convoca à todos e todas a se comprometerem ainda mais com a luta contra a violência. “Um mundo sem violência contra as mulheres e o que queremos e defendemos”, finalizou a diretora.

Assessoria de Comunicação Fecosul – Marina Pinheiro