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Sindicomerciários Viamão participa do lançamento da Campanha Salarial 2015 dos comerciários gaúchos

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Presidente do Sindicomerciários, Paulo Ferreira, discursou durante a caminhada pelas ruas de Novo Hamburgo.

Presidente do Sindicomerciários, Paulo Ferreira, discursou durante a caminhada pelas ruas de Novo Hamburgo.

Foi dada a largada para a campanha salarial 2015 dos comerciários gaúchos e o Sindicomerciários Viamão estava presente.
Na manhã desta sexta-feira (15/06) mais de 500 trabalhadores tomaram as ruas do centro de Novo Hamburgo para mostrar sua insatisfação e reivindicar melhores salários e benefícios para os trabalhadores do comércio.  Com o Slogan “Os Comerciários dão o Máximo. Os patrões não querem dar o Mínimo!”, os comerciários buscam, além de reajuste real, auxílio-estudante, licença maternidade de 180 dias, vale-cultura e vale alimentação, fim do banco de horas, transporte gratuito, descanso aos domingos e feriado, entre outras reivindicações.

A presidente do Sindicomerciários Novo Hamburgo, Cristina Mendes, foi a primeira a falar durante a plenária de lançamento e parabenizou as centenas de trabalhadores locais que deixaram o trabalho para participar da atividade. “Se a categoria pegasse firme, pegasse junto à luta seria muito melhor. Vem para luta comerciário gaúcho”, enfatizou Cristina.
Presidente do Sindicomerciários Novo Hamburgo, Cristina Mendes, Presidente da Fecosul, Guiomar Vidor e o presidente do Sindicato dos Sapateiros, Júlio Lopes da Luz.Presidente do Sindicomerciários Novo Hamburgo, Cristina Mendes, Presidente da Fecosul, Guiomar Vidor e o presidente do Sindicato dos Sapateiros, Júlio Lopes da Luz.
O presidente da Fecosul, Guiomar Vidor, também agradeceu a presença de todos os comerciários que vieram de todas as regiões do Estado. “Nós temos aqui companheiros de todas as regiões do RS e companheiro de outras categorias, que estão apoiando a nossa luta, que é uma luta de toda a classe trabalhadora e esta solidariedade é muito importante para nós”, agradeceu Vidor.
Auditório do Sindicato dos Sapateiros ficou lotado de comerciários de todo o Estado.Auditório do Sindicato dos Sapateiros ficou lotado de comerciários de todo o Estado.
Vidor falou sobre o slogan da campanha salarial deste ano. “Os Comerciários dão o Máximo. Os patrões não querem dar o Mínimo! aborda a realidade atual dos comerciários. A pressão que os trabalhadores sofrem para aumentar as vendas, atingir metas mostra que os trabalhadores estão dando seu máximo e na hora que os empresários precisam valorizar esta dedicação eles não querem dar o mínimo para nós e nem reconhecer o nosso esforço extraordinário para que o comércio tenha crescido tanto nos últimos anos. Quando a situação vai bem eles dizem que não tem condições de repassar o aumento real do salário, quando as coisas vão mal eles querem colocar sobre as costas dos trabalhadores a conta. Hoje enfrentamos uma grande resistência por parte do patronato que não quer reconhecer o trabalho dos comerciários e ao mesmo tempo também não querem reconhecer o salário mínimo regional”, ressaltou o presidente.
O presidente da Fecosul fez uma ampla exposição de dados, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – DIEESE, da atual situação que os comerciários enfrentam.
Rotatividade 
“Hoje somos mais de 700 mil trabalhadores no RS, é a maior categoria de trabalhadores urbanos do Estado. O salário médio de admissão é R$ 1.036,00 e o salário médio dos demitidos é R$ 1.119,00. Isso significa que os comerciários que estão sendo demitidos ganham 7,5% a mais daqueles que estão sendo admitidos. Então o reajuste que é dado acaba sendo retirada durante o ano por conta dessa rotatividade. A rotatividade do comércio é 74%, ou seja, a cada 100 comerciários 74 perdem o emprego ou são mudados.
Jornada de Trabalho 
“A média de trabalho no comércio é 46 horas semanais de trabalho. Isso significa que é maior media de trabalho entre todas as categorias. Somos a categoria que menos ganha, mas a que mais trabalha”.
Convenção OIT 
“A rotatividade só será freada com aprovação da convenção 158 da OIT, que prevê que o término relação de trabalho de um trabalhador só seja feita se a empresa tiver uma causa justificada relacionada à sua capacidade baseada nas necessidades do funcionamento da empresa, estabelecimento ou serviço, de acordo com o que se diz a Convenção. Esta é uma luta que deve ser incorporada na nossa pauta de reivindicações”, alertou Vidor.
Unificação da Data Base
“É importante que todos os sindicatos tentem puxar suas datas bases para inicio de março, para que assim possamos unificar nossa luta. Foi proposto na Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio – CNTC para ter uma data base unificada em todo o Brasil e assim termos condições de fazer grandes mobilizações no país em busca da nossa valorização”.
Salário Mínimo Regional
“O piso regional tem que ser parâmetro das nossas negociações coletivas. Lutamos para que a lei do salário mínimo regional fosse validada e não podemos abrir mão dessa garantia. É muito importante que cada sindicato esteja atento a esta validação. Temos uma comissão de negociação que esta a disposição se algum sindicato estiver com dificuldade para validar a lei”, ressaltou.
PL da Terceirização
“A PL da Terceirização é o maior golpe sofrido pela classe trabalhadora brasileira em 73 anos de existência da CLT. Além dos 12 milhões que sofrem com a terceirização hoje, eles ainda querem trazer os 35 milhões de trabalhadores que não são terceirizados e que ainda tem os seus direitos resguardados pela CLT. O trabalhador terceirizado recebe em media 27,1% a menos que o trabalhador que não é terceirizado; a cada 10 acidentes de trabalho 8 são de terceirizados; a cada 5 mortes ocorridas no trabalho 4 são de terceirizados, o trabalhador terceirizado trabalha em media 3 horas a mais por semana. Nós precisamos fazer um debate mais profundo com a nossa categoria para eles possam saber da real precarização que essa PL traz”.
Após o ato de lançamento, os comerciários saíram em caminhada pelas principais ruas do centro de Novo Hamburgo com faixas que traziam as reivindicações da campanha salarial e outras que mostravam a indignação contra a PL da Terceirização.  Por onde a caminhada passava comerciários que estavam trabalhando saiam para calçada em apoio luta da campanha salarial. Material informativo também foi distribuído em todo comércio. Diversos representantes de Sindicatos falaram sobre o quanto os comerciários sofrem com a desvalorização, pressão e dificuldade nas negociações em todo o Estado.
A caminhada teve duas paradas de protesto, a primeira em frente a sede do Sindilojas e a segunda em frente a loja do presidente do Sindilojas de Novo Hamburgo, Remi Carlos Scheffer. Remi prometeu entrar em acordo para solucionar a situação do dissídio dos comerciários de NH que ainda não foi fechado.
Vidor fala em frente a sede do Sindilojas Novo Hamburgo.Vidor fala em frente a sede do Sindilojas Novo Hamburgo.
Ao final do ato, o presidente da Fecosul disse que este foi o lançamento Estadual, mas que outras atividade serão realizadas por todo o Estado. Vidor também chamou a categoria comerciária para participar do Dia 29 de Maio – Dia Nacional de Paralisações contra a Terceirização, as MPs 664 e 665, o ajuste fiscal e em defesa dos direitos e da democracia.  


Assessoria de Comunicação Fecosul – Texto: Marina Pinheiro 

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Campanha “Se renda à infância” incentiva destinação de Imposto de Renda à proteção de crianças e adolescentes

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Pessoas físicas e jurídicas podem destinar parte do Imposto de Renda para o financiamento de programas e projetos de promoção de direitos de crianças e adolescentes. A campanha “Se renda à infância 2024”, desenvolvida pelo CNJ em parceria com a Receita Federal, incentiva cidadãos a apoairem essa causa. A iniciativa não gera custos para o contribuinte, pois o valor destinado é parte do montante devido à Receita Federal.

Combate efetivo ao trabalho infantil 

A campanha está em sua quarta edição e conta com o apoio da Justiça do Trabalho gaúcha. A juíza Aline Fagundes, gestora regional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil, ressalta que é necessário combinar medidas que impeçam a tomada de mão de obra em idade precoce com ações que ofereçam alternativas eficazes e saudáveis. “A ação isolada de proibição do trabalho da criança é de baixa eficácia, pois a vítima acaba precisando voltar a essas atividades na busca pela sobrevivência”, pondera. A magistrada acrescenta que  a campanha “Se Renda à Infância” fortalece entidades que atuam na construção de uma estrutura capaz de assegurar um ambiente propício ao desenvolvimento das crianças e adolescentes. “Além do mais, é uma oportunidade de tornar-se ator dessa causa tão especial”, observa. 

Saiba como participar

Para participar, basta fazer a destinação no momento de preencher a declaração do Imposto de Renda, até 31 de maio. O procedimento é simples. Ao preencher o formulário, é preciso clicar em “Doações Diretamente na Declaração”; em seguida, selecionar as abas “Criança e Adolescente” e “Novo”. Agora, é o momento de escolher o fundo que receberá a doação. O contribuinte pode selecionar entre fundo municipal, estadual ou nacional a quem deseja doar e o respectivo percentual.

Nesse caso, quando a doação é feita dentro da declaração de Imposto de Renda, o limite máximo é de 3% sobre o imposto devido para cada fundo, que são dos Direitos da Criança e do Adolescente e da Pessoa Idosa. Não é preciso calcular nada, porque o programa da Receita Federal efetua as somas disponíveis e calcula automaticamente.

O último passo é, no momento de enviar a declaração, imprimir e pagar o Darf, que é o Documento de Arrecadação de Receitas Federais, para cada destinação informada. Isso no caso de o contribuinte ter indicado dois fundos. Os valores pagos por meio do Darf depois serão compensados e o contribuinte não pagará nada além do seu imposto devido.

Ou seja, os recursos destinados aos fundos são descontados do total do imposto devido. Se o contribuinte tiver imposto a pagar, o percentual que ele indicou será subtraído do saldo devedor. Já se tiver direito à restituição, o total que destinou para doação será somado ao valor a ser recebido.

É bom lembrar que a doação aos fundos só pode ser acessada por quem preenche a declaração no modelo completo. Se a opção for pela declaração simplificada, não é possível doar qualquer percentual.

Fiscalização

Os valores recebidos pelos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente são administrados pelos Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente – colegiados com a participação do Executivo e de membros da sociedade civil. Cabe a esses conselhos a destinação dos recursos para os projetos das instituições sociais.

A fiscalização, o controle e a prestação de contas para a sociedade dos recursos destinados à campanha “Se Renda à Infância” também estão a cargo dos Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente, nos níveis nacional, estaduais, distritais ou municipais, dos Tribunais de Contas e do Ministério Público.

Iniciativa

O CNJ promove a campanha “Se Renda à Infância” desde 2021 para incentivar a realização de projetos voltados à promoção de direitos e cidadania de crianças e adolescentes, especialmente aqueles em situação de risco e vulnerabilidade, como por exemplo, em medida protetiva de acolhimento ou em cumprimento de medidas socioeducativa. A campanha “Se Renda à Infância 2024” é vinculada ao Pacto Nacional pela Primeira Infância.

Fim do corpo da notícia.

Fonte: Secom/TRT-4 com informações do CNJ

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Pela segunda vez, governo Eduardo Leite propõe aumento no ICMS

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A PL 97/2024 propõe aumento do ICMS para 19% foi  enviada para a Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (11). O governador Eduardo Leite se reuniu com empresários e deputados estaduais para apresentar a proposta antes. Se for aprovado, o texto do projeto prevê um aumento na alíquota modal, passando de 17% para 19%.

O governo Eduardo Leite continua com um projeto para aumentar os impostos do povo gaúcho. A proposta também acompanha medidas que não conversam com a população. Mesmo com estudos e dados que contestam os argumentos do Executivo sobre o aumento dos impostos, apresentados por representantes da Fiergs, Federasul, Fecomércio e CDL, a medida segue em andamento e foi enviada à Assembleia Legislativa.

Essa é a segunda vez que uma proposta de aumento foi anunciada pelo governo. A primeira foi em novembro de 2023, quando o ajuste final seria de 19,5%, mas o projeto foi retirado após encontrar resistência dos deputados. Apesar disso, o governo segue insistindo no aumento dos impostos.

Nota da CUT-RS repudia o aumento de impostos pelo governo Eduardo Leite

nota da cut-rs 9

Desde o primeiro dia de governo, Eduardo Leite tem feito de tudo para transferir o peso da crise econômica do RS para os trabalhadores e trabalhadoras. Tratou as políticas públicas e os servidores a pão e água, sequer poupou os servidores aposentados e pensionistas que depois de uma vida de trabalho padecem desde 2019 com uma drástica redução nos seus benefícios, ocasionada pelo aumento da alíquota de contribuição previdenciária. Liquidou o patrimônio público com privatizações espúrias, sob o pretexto de sanear as finanças públicas.

Como resultado, transformou uma empresa pública de referência em uma das piores empresas de energia elétrica do país, a Equatorial Energia. O fato é que o Rio Grande do Sul nunca esteve tão à deriva como agora. Não há nenhuma obra de infraestrutura relevante, os investimentos produtivos estão se afastando do RS, e a crise nas áreas de educação e saúde é visível. Na verdade, Eduardo Leite usa a “falta de receita” para justificar o fracasso de suas políticas neoliberais ultrapassadas, que por onde passa deixa um rastro de empobrecimento, desemprego, aumento da desigualdade e enfraquecimento da capacidade do estado de garantir desenvolvimento e bem-estar para seu povo.

Em novembro do ano passado, o governador Eduardo Leite enviou para a Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 534/2023, aumentando a alíquota do ICMS de 17% para 19,5%. Temendo uma derrota, retirou o projeto da pauta e, em seguida, editou cinco decretos que aumentam o custo dos produtores e das indústrias. Após ser derrotado na Assembleia Legislativa na tarde desta terça-feira (26), o governador Eduardo Leite (PSDB) recorreu às entidades patronais, que concordaram em aceitar o aumento na alíquota do ICMS de 17% para 19,5%, conforme o plano original do Piratini.

Para Eduardo Leite, que se diz um governador de diálogo, a sociedade gaúcha é composta apenas por entidades patronais. Os trabalhadores são excluídos e suas vozes silenciadas. Esse é o modelo de diálogo do PSDB, que custou caro para o Brasil e agora coloca o RS no isolamento e no precipício.

As receitas do ICMS, principal fonte de arrecadação do governo, estão em franco crescimento. Comparado com o ano passado, o ICMS registra um crescimento real de 19,05%, segundo estudo do DIEESE. Sistematicamente a dívida do estado do RS vem sendo utilizada para justificar arrocho salarial, ataque aos direitos dos servidores, diminuição de recursos para políticas públicas e pouco investimento em infraestrutura. As sucessivas negociações junto ao governo federal, desde Antonio Brito, se mostraram desastrosas.

Queremos ser ouvidos para defender junto ao governador Eduardo Leite que é possível alavancar o crescimento econômico do RS com medidas mais eficazes. Queremos ser ouvidos para afirmar que a matriz produtiva do RS tem potencial para se destacar no cenário nacional e internacional. A melhor forma de aumentar as receitas públicas é através do crescimento econômico, aumento da geração de empregos, expansão do consumo e um combate rigoroso à sonegação fiscal. O caminho adotado pela elevação linear do ICMS pode aumentar o custo de vida dos gaúchos e beneficiar apenas o empresariado que repassarão imediatamente os custos para os produtos e ficarão com as isenções fiscais intactas. É inaceitável que os deputados estaduais continuem validando projetos do Piratini que condenam o RS a crescer como rabo de matungo, sempre para baixo.

Fonte: CUT-RS

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Campanha Salarial 2024 – Bora Lutar pro Salário Melhorar

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✊🏼 Chegou a hora de valorizar o comerciário e a comerciária, mas essa luta depende da força da nossa união, com a categoria apoiando e participando junto do sindicato.

👋🏼 Nossa luta é por reajuste nos salários com aumento real, acima da inflação (INPC+AUMENTO REAL), além da manutenção e ampliação de direitos da Convenção Coletiva de Trabalho, a CCT. São essas conquistas que a Lei trabalhista não garante, elas não caíram do céu nem foram bondade do patrão: só existem por causa do trabalho do sindicato a teu favor.

▶ Se liga! Nossas principais reivindicações

🟢 Reajuste salarial acima da inflação e aumento real nos pisos.

🟢 Adicional por tempo de serviço: anuênio (1%), triênio (4%) e quinquênio (8%).

🟢 Auxílios: Auxílio-estudante; Auxílio-funeral; Auxílio-transporte; Auxílio-refeição; Auxílio-farmácia; Auxílio-creche.

🟢 Bônus no Dia do Comerciário e da Comerciária (30 de outubro).

🟢 Licença Maternidade de 180 dias e Licença Paternidade de 20 dias.

🟢 Fim do Banco de Horas.

🟢 Trabalho igual, salário igual, entre homens e mulheres.

🟢 Fim do Contrato Intermitente, que legaliza o absurdo que é pagamento de salário inferior ao salário mínimo.

🚨 Bora! Quem sabe faz a hora, e a nossa é já! Chegou o momento da categoria comerciária ser valorizada, mas isso só será possível com união e mobilização junto do Sindicato. Faça parte, participe e apoie a campanha salarial 2024.

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Políticas afirmativas ampliam presença de negros em postos importantes da União

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A ampliação da presença de servidores negros em cargos e funções de liderança é uma realidade que ganha destaque. Segundo dados do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), em 2023, 36,1% dos cargos de liderança estavam ocupados por servidores pretos ou pardos. Isso representa um avanço em comparação a 2014, quando pessoas negras ocupavam menos de 25% dos cargos de alta gestão. Os números do governo federal mostram uma mudança de paradigma, embora lenta.

Um marco importante foi a publicação do decreto nº 11.443, do ano passado, que estabeleceu um percentual mínimo de 30% de cargos para pessoas negras em comissão e funções de confiança na administração pública federal, utilizando o critério da autodeclaração.

Em detalhes

Uma análise mais detalhada revela que essa representatividade também se estende aos cargos de maior remuneração e poder de decisão.

Pretos e pardos ocupam 38,2% dos postos de média liderança e 31,6% das posições de alta liderança no governo. Em contraste, em 2014, esses números eram de 33,2% e 24,7%, respectivamente. Apesar desses avanços, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos reconhece que ainda há desafios a enfrentar nesse processo de fortalecimento das ações afirmativas de igualdade racial no serviço público federal.

A ministra Esther Dweck destacou recentemente que, apesar dos progressos, persiste um déficit de representatividade no setor público nacional.

“Em um país onde mais de um terço da população é negra, e as mulheres representam 51,5%, é fundamental que o serviço público reflita essa diversidade”, disse.

Dados do Censo 2022 revelam que apenas 39,9% dos servidores ativos são pretos ou pardos, e 45,9% são mulheres.

Salários

Além da representatividade, questões como diferenças salariais também estão sendo enfrentadas. Em 2023, a remuneração média dos servidores brancos foi de R$ 11.983,84, enquanto servidores pardos e pretos recebiam, em média, R$ 9.459,56 e R$ 8.487,99, respectivamente, representando uma disparidade salarial de 21% e 29%.

Para promover a capacitação e preparação de líderes negros, o MGI, em parceria com a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) e o Ministério da Igualdade Racial, lançou o LideraGOV 4.0 – edição extraordinária para pessoas negras.

Essa iniciativa visa contribuir para o desenvolvimento de lideranças negras e garantir a implementação efetiva do decreto nº 11.443. Além disso, a ENAP promoveu uma edição extraordinária do curso Liderança Premium para pessoas negras, visando capacitar servidores para ocuparem cargos estratégicos no serviço público federal.

Fonte: Jornal Extra

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