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CUT-RS e centrais protestam no Aeroporto de Porto Alegre contra reforma da Previdência nesta terça
A CUT-RS e centrais sindicais realizam novo protesto contra a reforma da Previdência do governo ilegítimo e golpista de Michel Temer (PMDB) nesta terça-feira (12), às 5h, no saguão de embarque do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre.
“Vamos pressionar os deputados e as deputadas do Rio Grande do Sul, que estarão viajando para Brasília, para que se posicionem contra a reforma da Previdência, caso haja votação. Vamos avisar também que estamos de olho no voto de cada parlamentar, que será amplamente divulgado nos seus redutos eleitorais”, afirma o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.
Propaganda milionária e mentirosa
“A Previdência não tem déficit”, salienta o dirigente sindical, lembrando que a CPI do Senado, presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), desmascarou o governo e a mídia golpista. “O que existe são dívidas de grandes empresas e bancos, que até reconhecem que devem, mas não pagam”, enfatiza Nespolo.
O presidente da CUT-RS destaca que a propaganda milionária do governo é mentirosa porque a reforma não acaba com privilégios. ”Temer se aposentou aos 55 anos com R$ 30 mil por mês e o ministro Eliseu Padilha aos 53 anos com R$ 20 mil por mês. Isso vai acabar? É claro que não.”
“O que eles querem é acabar com o direito à aposentadoria e ferrar a classe trabalhadora, com o aumento da idade mínima, passando o trabalhador para 65 anos e a trabalhadora para 62 anos. Também querem elevar o tempo de contribuição para 40 anos para receber 100%. Com essas regras, o trabalhador vai trabalhar até morrer sem conseguir se aposentar”, ressalta.
Desmonte da previdência pública visa favorecer os bancos
Segundo ele, a estratégia do governo é desmontar a previdência pública para empurrar os trabalhadores e as trabalhadoras para a previdência complementar. “Os bancos, financiadores do golpe que tirou a presidenta Dilma, querem vender planos de previdência privada para aumentar ainda mais os seus lucros gigantescos”, aponta.
Nespolo alerta que os agricultores familiares não foram excluídos da reforma. “A nova proposta do Temer retirou apenas a idade mínima de 65 anos, mas inseriu em outros artigos a obrigação de contribuição mensal dos agricultores e de todos os membros da família. Isso acaba com a condição de segurado especial da Previdência, um direito conquistado há muitos anos por quem trabalha de sol a sol na agricultura e produz os alimentos que consumimos”, enfatiza.
“Se botar para votar, o Brasil vai parar contra a reforma da Previdência”, conclui o presidente da CUT-RS.
Fonte: CUT RS