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Ato “Basta de Bolsonaro” nesta terça quer Justiça para Marielle, democracia e direitos

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As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, integradas pela CUT, e a União Nacional dos Estudantes (UNE) realizam nesta terça-feira (5) um dia nacional de atos “Basta de Bolsonaro” por “Justiça para Marielle, democracia e direitos”. Em Porto Alegre, a manifestação acontece, às 18h, na Esquina Democrática.

A mobilização foi marcada após as declarações do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) em entrevista à jornalista Leda Nagle na última quinta-feira (31), onde sugeriu a volta do AI-5, caso a esquerda radicalizasse no Brasil.

Ditadura nunca mais

“A ameaça escancarada feito pelo filho do presidente, mesmo que tenha havido depois um pedido de desculpas, revela que setores do governo Bolsonaro sonham com o retorno da ditadura militar, o que não podemos permitir de jeito nenhum”, afirma o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.

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As centrais sindicais divulgaram no mesmo dia uma nota repudiando as declarações do deputado. “A classe trabalhadora e seus representantes foram as principais vítimas do regime militar e não medirão esforços para defender as liberdades democráticas contra os arroubos reacionários do deputado da extrema direita e outros membros do Clã Bolsonaro.”

A manifestação já está sendo chamada de 5 de novembro contra o AI-5. Por isso, ganhou a hashtag #5NcontraAI5 no Twitter.

Justiça para Marielle

O ato também vai clamar por justiça para o caso dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, ocorridos há mais de 600 dias e ainda sem um desfecho. Eles foram mortos em 14 março de 2018, e o principal suspeito da execução, o ex-policial Ronnie Lessa, era vizinho do presidente e então deputado Jair Bolsonaro. 

Quem mandou matar

Na última semana, um porteiro do condomínio Vivendas da Barra citou, em depoimento à polícia, uma autorização para a entrada de outro dos supostos autores da execução, Élcio de Queiroz, vinda da unidade 58, a casa de Bolsonaro, no dia do assassinato. O então parlamentar estava em Brasília na ocasião.

O Ministério Público do Rio de Janeiro negou a veracidade da afirmação, mas o crime ainda não foi esclarecido. A promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho decidiu se afastar do caso na última sexta-feira (1º), após ter sido denunciada como ativista de extrema-direita e militante do bolsonarismo nas redes sociais.

No último sábado (2), o presidente disse que pegou a gravação das ligações da portaria do condomínio, durante ida a uma concessionária em Brasília para a compra de uma motocicleta. “Nós pegamos, antes que fosse adulterada, ou tentasse adulterar, pegamos toda a memória da secretária eletrônica que é guardada há mais de ano. A voz não é a minha”, disse ele. O fato está sendo considerado pela oposição no Congresso como apropriação de provas sem autorização judicial.

Lula livre

O presidente da CUT-RS ressalta também que é preciso libertar o ex-presidente Lula, preso político desde 7 de abril do ano passado, na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. “Foi condenado sem provas e sem crime pelo ex-juiz Sérgio Moro para impedi-lo de disputar as eleições de 2018, quando liderava todas as pesquisas”. 

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Nesta quarta-feira (6), o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma o julgamento sobre a prisão após decisão em segunda instência. O resultado poderá abrir caminho para a liberdade de Lula.

Queremos empregos de qualidade

“Além de repudiar a volta da ditadura, pedir a cassação do deputado, cobrar justiça para Marielle e Anderson e exigir Lula livre, vamos defender os direitos da classe trabalhadora. Apesar da resistência do movimento sindical e da oposição no Congresso, eles vem sendo retirados desde o golpe que derrubou sem crime de responsabilidade a presidenta Dilma, em 2016. Após as reformas trabalhista e da Previdência, o governo Bolsonaro prepara novos projetos, enquanto o desemprego segue alto e cresce a informalidade e a precarização do trabalho”, salienta Nespolo.

Carteiras empilhadas

“Queremos empregos de qualidade, com carteira assinada e com os direitos garantidos na CLT. Não existe futuro de trabalho decente com a legalização do bico e outras formas precárias de contratação”, aponta o presidente da CUT-RS.

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AI-5 nunca mais: Centrais sindicais repudiam declarações de Eduardo Bolsonaro

Fonte: CUT-RS com Rede Brasil Atual e Congresso em Foco

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