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Valores esquecidos nos bancos: clientes e herdeiros já podem fazer saques

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Os pedidos de resgate de dinheiro esquecido pelos brasileiros em instituições financeiras recomeçam nesta terça-feira (7), às 10h, após 11 meses fechado. A novidade é que as pessoas poderão checar se parentes falecidos têm dinheiro esquecido e, em caso positivo, solicitar o resgate.

Segundo o Banco Central (BC), 38 milhões de pessoas físicas, que têm CPF, e 2 milhões que têm CNPJ – donos de empresas – têm cerca de R$ 6 bilhões a sacar.

A maioria dos clientes de bancos tem pouco dinheiro esquecido, segundo o BC.

Apenas 643.105 têm mais de R$ 1.000,01 a sacar.

Outros 4,6 milhões de pessoas têm entre R$ 100,01 e R$ 1.000 esquecidos.

E 29,2 milhões de pessoas têm até R$ 10.

Sobre o saque

Em primeiro lugar, o cliente ou herdeiro deve fazer uma consulta inicial para saber se tem ou não dinheiro a receber. A consulta deve ser feita no Sistema Valores a Receber (SVR), do Banco Central do Brasil.

Os saques também são feitos por meio do SVR.  

Os pedidos de resgate poderão ser feitos a partir das 10h desta terça.

Cada cliente deve acessar o sistema e solicitar a transferência dos valores.

Quase 20 milhões de pessoas já consultaram o site do BC

O BC reabriu no dia 28 de fevereiro as consultas para saber se tem dinheiro esquecido. Até domingo (5), 19,7 milhões de pessoas haviam acessado ol SRV. Desse total, 5,5 milhões (28%) têm quantias a receber e 14,2 milhões (72%) não encontraram valores esquecidos.

Como consultar

O único site onde as pessoas podem fazer a consulta para saber se têm dinheiro esquecido nos bancos e solicitar a devolução dos valores, incluindo as já falecidas, é o https://valoresareceber.bcb.gov.br.

Clientes falecidos

Os herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais podem acessar o sistema do BC para saber se o falecido tem dinheiro esquecido e pedir o resgate.

Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor.

Fontes de recursos

A nova fase do SVR incluiu fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado: contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

Golpes

O BC alerta os correntistas contra golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos.

Confira:

– Todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos

– O BC não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

– Apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contactar o cidadão.

– Nenhum cidadão deve fornecer senhas.

– Nem o BC nem os bancos autorizam funcionários  a fazer esse tipo de pedido.

– Se receber mensagens por WhatsApp, Telegram ou e-mail sobre resgate de valores esquecidos via PIX, ignore e, principalmente, não clique nos links. O ideal é deletar a mensagem.

Esses links roubam senhas em redes sociais e podem instalar vírus e programas espiões no celular.

– Informações oficiais sobre valores a receber e sobre a consulta ao sistema são divulgadas apenas no site do Banco Central e nas redes oficiais da instituição, e não por meio de aplicativos de mensagens ou SMS.

– Não faça qualquer tipo de pagamento para ter acesso aos valores. Todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos.

O único site para saber informações sobre valores a receber é https://valoresareceber.bcb.gov.br/.

Foto: José Cruz / Agência Brasil

Fonte: Marize Muniz – CUT Brasil

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