Connect with us

Notícias

Audiência pública em Pelotas reitera posição contrária à Reforma da Previdência

Publicado

em

Um crime contra classe trabalhadora, e um verdadeiro ataque à Constituição e destruição dos direitos sociais. Essas foram as principais conclusões tiradas durante a audiência pública realizada em Pelotas, na manhã desta segunda-feira (13/03), pela Frente Gaúcha em Defesa da Previdência Pública.

O ato, que aconteceu no auditório da Universidade Católica, foi organizado em parceria com a Frente Municipal em Defesa da Previdência, e reuniu centenas de pessoas entre parlamentares, prefeitos e vereadores de diversos municípios da região, além de representantes de sindicatos de trabalhadores e instituições de ensino.

“Todas as conquistas sociais, incluindo a aposentadoria, não foi benevolência ou favor de governos. Mas fruto de muita luta e organização de homens e mulheres. Momentos de crise são momentos em que governos fazem escolhas baseados em prejudicar ou não as pessoas. O Estado tem que estender a mão aos que mais precisam, e não cometer esta violência institucional proposta com a mudança da Previdência”, discursou o presidente da Assembleia Legislativa (ALRS), deputado Edegar Pretto (PT), cobrando que as lideranças políticas locais tomem posição, e que esta posição seja pública.

“Neste momento não dá para ficar em cima do muro ou fazer de conta de que nada está acontecendo. Ou se está ao lado ou contra a classe trabalhadora. E o presidente da ALRS tem opinião, e ela é contra este crime institucional contra o povo brasileiro”, reiterou Pretto.

O chefe do Legislativo gaúcho frisou, ainda, que o resultado da medida, se for aprovada, criará uma nova onda de êxodo rural, pois os jovens sairão da roça para as cidades em busca de melhores condições de vida. “Os municípios serão fortemente atingidos em suas receitas, precarizando ainda mais as áreas da saúde e educação, pois o volume de dinheiro das aposentadorias e pensões que circula nas economias locais é muito superior ao que os municípios têm direito a partir do ICMS e do Fundo de Participações dos Municípios (FPM). Principalmente as pequenas cidades deverão passar por mudanças drásticas em seus orçamentos se a retirada de direitos se concretizar”, explicou Edegar Pretto.

Para o coordenador da Frente Municipal, vereador Marcos Cunha, “para aplicar esta medida o governo federal precisaria ter discutido a proposta, mas ela não foi apresentada ao povo, que não teve chance de dizer sim ou não. Somente vão ganhar com esta reforma os bancos e as empresas de previdência privada”, declarou.

Representando a Câmara Federal, o deputado Dionilso Marcon (PT/RS) avaliou que a proposta do governo Temer não é uma ação desmembrada, isolada, mas vem junto com a entrega do Pré-Sal, com o congelamento por 20 anos dos investimentos em saúde e educação e com a reforma trabalhista que está sendo gestada.

“O nosso objetivo é dar luz e voz àqueles que estão se levantando contra esta violência, que é a chamada reforma da Previdência. Vamos barrar este abuso”, concluiu o presidente da Assembleia ao encerrar a audiência.

Também participaram do evento os deputados estaduais petistas Adão Villaverde e Miriam Marroni, e Catarina Paladini (PSB).

 

Fonte: Marcelo Antunes – Assembleia Legislativa

Continue lendo

Copyright © SINDICOMERCIÁRIOS
Rua Jorge Kalil Flores, n° 241 – Centro – Viamão-RS
Cep: 94410-230 - Telefone: (051) 3485.3273