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CUT-RS e centrais cobram deputados para votação do reajuste do mínimo regional nesta terça

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A CUT-RS e centrais sindicais preparam ofensiva para pressionar os deputados estaduais, a fim que seja votado o projeto de reajuste do salário mínimo regional para 2019 nesta terça-feira (21), a partir das 14h, no plenário da Assembleia Legislativa.

A data-base do chamado piso regional é 1º de fevereiro e, passados mais de três meses e meio, permanecem sem aumento os salários de cerca de 1,5 milhão de trabalhadores do campo e cidade.

“É uma enrolação descabida que não tem justificativa”, protesta o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo. “Primeiro o governador Eduardo Leite (PSDB) enviou com atraso e sem regime de urgência o projeto para a Assembleia somente em 1º de abril, dois meses depois da data-base. Agora, os deputados estão demorando para colocá-lo em votação, o que é um tremendo desrespeito para esses trabalhadores que recebem os menores salários no Estado”, destaca.

Na última segunda-feira (13), dirigentes das centrais foram recebidos em audiência pela presidenta em exercício da Assembleia, deputada Zilá Breitenbach (PSDB). O encontro, requerido pelas entidades, teve como finalidade solicitar que a mesa diretora do Legislativo incluisse o piso regional na pauta de votação.

Piso regional na AL

Nespolo critica um pequeno grupo de deputados que quer extinguir o mínimo regional. “Esses parlamentares repetem a conversa mole do Bolsonaro, de que tem que retirar direitos para gerar empregos. O que eles querem é arrancar o couro do trabalhador para aumentar os lucros dos empresários”, denuncia.  

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“Vamos ocupar as galerias do plenário para cobrar o reajuste do mínimo regional, visando acabar com essa novela que está fazendo mal para a economia gaúcha”, salienta Nespolo. “Com salários reajustados, os trabalhadores consomem mais, as empresas produzem e vendem mais, e o Estado cresce e arrecada mais. Todo mundo sai ganhando.”

Reajuste tem que ser igual ao mínimo nacional

O projeto do governador estabelece um reajuste de 3,4%, que repõe somente a inflação de 2018. As centrais defendem a aprovação da emenda apresentada pela bancada do PT, em 5 de abril, que prevê o reajuste igual ao salário mínimo nacional, que foi de 4,61%. Com isso, a menor das cinco faixas salariais passaria de R$ 1.196,47 para R$ 1.251,65 e a maior subiria de R$ 1.516,26 para R$ 1.586,19.

O presidente da CUT-RS lembra que as centrais haviam reivindicado inicialmente um reajuste de 8,43%, como forma de resgatar a diferença de 30% acima do mínimo nacional vigente entre 2002 e 2004, conforme estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O piso regional sofreu uma perda de 3,65% no governo Sartori. “Precisamos evitar novo achatamento do mínimo regional”, observa.

Para o secretário de Relações de Trabalho da CUT-RS, Antonio Güntzel, “não podemos permitir, de jeito nenhum, que o reajuste fique abaixo do mínimo nacional”. Ele salienta que o aumento é gasto totalmente na economia local, “não vai para Miami, Nova York ou Paris”, estimulando a geração de empregos, a distribuição de renda e o desenvolvimento econômico e social do povo gaúcho.

Fonte: CUT-RS

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