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CUT-RS e centrais protestam contra reformas da Previdência e trabalhista de Temer no Aeroporto de Porto Alegre
Os golpistas não têm sossego no Rio Grande do sul. A CUT-RS e centrais sindicais amanheceram nesta segunda-feira (8/04) no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, protestando contra as reformas da Previdência e trabalhista do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB).
A mobilização abriu a semana de protestos nos aeroportos e nos redutos eleitorais dos deputados, de acordo com o calendário nacional das centrais definido na última sexta-feira (5), em São Paulo. Na próxima semana será realizado o “Ocupa Brasília” com manifestações junto ao Congresso.
“Pressionamos mais uma vez os parlamentares gaúchos, que estavam viajando para Brasília, denunciando que as propostas dos golpistas significam o fim da aposentadoria e dos direitos hoje garantidos na CLT para milhões de trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo. “Lembramos que as eleições de 2018 se aproximam rapidamente e quem votar contra os interesses da classe trabalhadora não será reeleito”.
A manifestação começou às 5h da madrugada. Militantes da CUT, UGT, Força Sindical, Nova Central e CGTB fizeram um bloqueio na rampa de acesso, gritando palavras de ordem contra as propostas de Temer. Às 6h, todos saíram em caminhada até o saguão de embarque, onde foi realizado um ato das centrais.
“O trabalhador não pode ser tratado como mercadoria”, protestou o vice-presidente da CUT-RS, Marizar Melo. Ele criticou as propostas de Temer, dizendo que “não são reformas, mas sim a destruição de direitos conquistados duramente pelos trabalhadores ao longo da história”.
O parecer do relator da Comissão Especial da Reforma da Previdência (PEC 287) está em processo de votação de emendas. O texto do substitutivo do deputado Arthur Maia (PPS-BA) foi aprovado por 23 votos favoráveis e 14 contrários. Os deputados gaúchos Darcísio Perondi e Mauro Pereira, ambos do PMDB, votaram a favor da proposta que muda as regras da aposentadoria para trabalhar até morrer sem conseguir se aposentar.
Já a reforma trabalhista, aprovada pelos deputados, já se encontra no Senado, porém a tramitação não será tão rápida como foi na Câmara. O texto deverá ser apreciado em três comissões permanentes e depois no plenário. Além disso, foi instalada a CPI da Previdência, cujo pedido foi apresentado pelo senador Paulo Paim (PT-RS), com a finalidade de investigar as contas da Previdência e desmontar as mentiras do governo sobre os números divulgados pela mídia.
Fonte: CUT-RS