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Eduardo Leite massacra trabalhador ao propor reajuste de 2,73% no mínimo regional
Apesar de estar congelado há quase dois anos e meio, o governador Eduardo Leite (PSDB) protocolou no final da tarde desta quinta-feira (15) um projeto de lei na Assembleia Legislativa do RS, propondo um reajuste de apenas 2,73% no salário mínimo regional, o que repõe somente 50% da variação do INPC de 2020. Com isso, as cinco faixas salariais ficariam entre R$ 1.270,93 e R$ 1.610, 61.
No ano passado, Leite havia enviado um projeto aos deputados propondo aumento de 4,5% para repor a inflação de 2019. Após chantagens das federações empresariais, os deputados aliados do governo aprovaram reajuste zero e o governador sancionou. Em 2020, o INPC variou 5,45%.
As centrais sindicais entregaram, em janeiro, uma proposta de reajuste de 13,79% no Palácio Piratini, com base em estudo do Dieese, para recuperar as perdas inflacionárias e o poder de compra quando da criação do mínimo regional em 2001, no governo Olívio Dutra (PT).
Escárnio e massacre
O presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, considerou “um escárnio” a proposta do governador, que ignora totalmente as perdas inflacionários desde 1º de fevereiro de 2019 e a dura realidade de cerca de 1,5 milhão de gaúchos e gaúchas que recebem o chamado piso regional.
“Eduardo Leite está massacrando o trabalhador e a trabalhadora que têm os menores salários no Estado, assim como vem arrochando os servidores públicos sem conceder nenhum reajuste desde que assumiu, enquanto privatiza empresas públicas para agradar o mercado financeiro e se cacifar como candidato dos tucanos para presidente em 2022”, critica Amarildo.
Para o dirigente sindical, o governador ignora totalmente a situação difícil da classe trabalhadora e não sabe o que é passar dificuldades para garantir comida no prato e pagar as contas. “A cesta básica aumentou 32% nos últimos dois anos e os preços dos combustíveis e do gás de cozinha dispararam”, ressaltou.
Leite é ainda mais cruel que Bolsonaro
“Leite, que pratica a mesma política nefasta de Bolsonaro de desmonte do estado e entrega de patrimônio público, revela que é ainda mais cruel”, enfatiza o secretário de Administração e Finanças da CUT-RS, Antonio Güntzel.
“No reajuste do mínimo nacional, pelo menos teve a correção do INPC em cada ano, ao contrário do governador que mostra não ter coragem para obrigar o empresariado atrasado a repor a inflação no salário dos menores salários do Estado”, compara Antonio.
“Querem acabar com o mínimo regional, mas nós não vamos deixar que o governo tire ainda mais dinheiro dos pobres para dar aos ricos”, avisa o presidente da CUT-RS. “Vamos procurar os deputados e as deputadas para construir uma emenda ao projeto do governador, a fim de recuperar as perdas com a inflação e garantir dignidade para quem trabalha no Rio Grande do Sul”, salienta Amarildo.
Assista ao vídeo do presidente da CUT-RS
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Fonte: CUT-RS