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Em artigo, Dilma diz que democracia está ‘corroída’ e pede Diretas Já

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Dilma Rousseff afirma que governo Temer retomou o neoliberalismo dos governos FHC | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Dilma Rousseff afirma que governo Temer retomou o neoliberalismo dos governos FHC | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Em artigo publicado neste sábado (14) pela revista Carta Capital, a ex-presidente Dilma Rousseff faz uma análise da conjuntura nacional que sucedeu o seu impedimento, afirmando que a “democracia tem sido corroída pelo Estado de Exceção” e conclui pedindo “Diretas Já”.
“Passaram-se apenas seis meses desde que o golpe parlamentar interrompeu o meu mandato, consagrado por 54,5 milhões de votos. Tramaram um golpe que contou com o apoio de oposicionistas, traidores e parte da mídia e lançou o País em um período de incertezas e retrocessos. Violentaram a Constituição de 1988, por meio de um golpe parlamentar que fragilizou as instituições e precipitou o Brasil no abismo da crise institucional”, diz a ex-presidente na abertura do artigo.
Em outro momento, a presidente afirma que, simultaneamente ao avanço do Estado de Exceção – que ela afirma ser visível na perseguição a movimentos sociais -, o governo ilegítimo retomou políticas neoliberais, como o congelamento de gastos.
“Com um só golpe retira a população do Orçamento, reduzindo os gastos com saúde e educação. Ao mesmo tempo, pelos próximos 20 anos, afasta de todos nós o direito de escolher por meio do voto direto para “quem, como e onde” serão utilizados os recursos do Orçamento. Flagrantemente inconstitucional, a PEC viabiliza o retorno do neoliberalismo, do Estado mínimo, feito por poucos e para poucos”, afirma.
Sobre a reforma da Previdência, ela pondera que a obrigatoriedade dos trabalhadores contribuírem por 49 anos para terem direito a aposentadoria integral fará com que jovens de 16 anos abandonem os estudos para trabalhar. “O objetivo é claro. Dar continuidade ao processo de desmonte do Estado, iniciado por FHC e interrompido nos governos do PT”, diz.
Ao final, ela afirma que “não há como sair da crise sem redefinir o sistema político, carcomido por práticas fisiológicas e corruptas, combalido pela fragmentação de partidos e pela lógica do imediatismo que não leva em conta os interesses do País” e concluindo pedindo “Diretas Já!”.

Fonte: Sul 21

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