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Em defesa da Democracia e Contra o Golpe milhares de pessoas tomaram às ruas de Porto Alegre

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Em defesa da democracia e contra o golpe, os dirigentes da Fecosul se somaram as milhares de pessoas que saíram às ruas, na última sexta-feira (11/12), em Porto Alegre.

Pela manhã, o auditório da Fetag já estava lotado para o lançamento da Frente Brasil Popular, que contou com importantes falas como a do líder do MST, João Pedro Stédile; e da integrante da Ação da Mulher Trabalhista (AMT), Miguelina Vecchio. O presidente da Fecosul e CTB-RS, Guiomar Vidor, juntamente com a representante da UBM, Abgail Pereira, coordenou a mesa. Entre as principais bandeiras de luta definidas pela Frente estão defesa da democracia e dos direitos trabalhistas, cassação de Eduardo Cunha, reforma política e tributária.

Auditório da Fetag lotado no lançamento da Frente Brasil Popular
Auditório da Fetag lotado no lançamento da Frente Brasil Popular
“O lançamento da Frente Brasil Popular foi uma marca histórica para os movimentos sociais e setores democráticos da sociedade, afinal foi uma atividade ampla com participação de centenas de representações da sociedade civil, do movimento político e social, que demonstram a disposição de luta desses setores contra qualquer tipo de golpe que venha ser dado a democracia brasileira. É uma demonstração importante de unidade e mobilização”, relatou Vidor.
 
Marcha dos Sem
 
Na parte da tarde, milhares de pessoas se concentraram próximo a Rótula das Cuias para a 20º Marcha do Sem. O grupo percorreu importantes ruas do centro da Capital rumo ao Palácio Piratini. A diversidade chamou atenção na caminhada, que reuniu estudantes, jovens, trabalhadores, dirigentes, vereadores, deputados. Servidores públicos também participaram de maneira efetiva. As atividades culminaram com ato na Praça da Matriz.

Dirigentes da Fecosul na concentração da Marcha dos Sem

Presidente do Sindicomerciários Viamão, Paulo Ferreira, juntamente com dirigentes da Fecosul e Sindicatos filiados, na concentração da Marcha dos Sem

“Essa Marcha, que reuniu milhares de pessoas, também foi uma grande demonstração da vontade dos setores que representam trabalhadores em defender a democracia, com centralidade contrária ao golpe e em defesa dos avanços sociais conquistados no último período. Buscamos com essa mobilização que o Brasil siga avançando nas mudanças que atendam os interesses da sociedade brasileira e, principalmente, para que possamos fazer as reformas estruturais. Queremos que o Brasil retome o processo de geração de emprego, distribuição de renda e sigamos evoluindo no sentido de que o trabalhador possa usufruir do país que constrói. Ambas as atividades nos dão disposição na luta para mantermos o espaço conquistado até aqui e avançarmos ainda mais nas mudanças”, defendeu Vidor.

 

As manifestações foram encerradas por João Pedro Stédile. “O Brasil vive uma grave crise econômica, política, social e ambiental e o responsável é a lógica de exploração do capitalismo que não tem limites”, disse ele, no início de seu pronunciamento. Stédile afirmou que o que está em jogo “são os rumos do país” e que o processo de impeachment aberto pelo presidente da Câmara foi “um salvo-conduto” para Cunha evitar a prisão, “largando a bomba para o lado da Dilma”. “O diabo faz a panela, mas não faz a tampa”, observou Stédile, dizendo que a estratégia de Cunha não funcionará por muito tempo e motivou os movimentos sociais a saírem às ruas para pedir seu afastamento.
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