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Fecosul e CTB desmentem nota da Fecomércio contra valorização do Piso Regional
A entidade patronal Fecomércio emitiu nota, nesta quinta-feira (22/10), à imprensa afirmando que “na impossibilidade de extinção do piso regional, a melhor alternativa frente ao momento pelo qual passa a economia gaúcha e nacional é propor o reajuste zero para o salário mínimo regional no Rio Grande do Sul para 2016”. Segundo o presidente da entidade, Luiz Carlos Bohn, este é o posicionamento também da Fiergs, Federasul, FCDL-RS e Farsul.
O texto defende que, desde a implantação do piso regional em 2000, a política não provoca efeitos positivos sobre o mercado de trabalho e a renda. Para o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), esse argumento é falso tendo em vista que a valorização do piso regional significa um poderoso instrumento de democratização da renda, desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida para três milhões de trabalhadores e trabalhadoras gaúchos.
A Fecomércio afirma inclusive que o piso regional “pode gerar desemprego e informalidade, afetando principalmente trabalhadores menos qualificados e com menor nível de renda”. Outro argumento falso com base nos dados apresentados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que mostram um crescimento de 53,4% no emprego formal entre 2002 e 2014, no Estado. Além de uma queda de 7% no número de empregados sem carteira de trabalho assinada, entre 2001 e 2013, o percentual é referente a 49.754 trabalhadores.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS) e da Fecosul, Guiomar Vidor, ao saber da nota, reafirmou a importância do piso regional para o desenvolvimento do estado, distribuição de renda e melhoria da qualidade de vida a milhões de trabalhadores do RS. “Estamos solicitando somente o que os empresários repassaram nos preços das mercadorias que o salário do trabalhador precisa comprar. A posição das entidades patronais demonstra mais uma vez o descompromisso com os que trabalham e produzem a riqueza do estado. Achamos que o Secretário do Trabalho, com quem iniciamos o diálogo sobre o reajuste do mínimo Regional, e o Governador Sartori não compactuam com uma posição tão insensata, devendo corrigir os valores do Mínimo Regional”, defendeu Vidor.
Fonte: CTB RS
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