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Mais de 15 mil protestam contra PEC 55 de Temer e pacotaço de Sartori em Porto Alegre

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Mais de 15 mil pessoas, na sua maioria jovens, tomaram as ruas do centro de Porto Alegre ao final da tarde e início da noite desta sexta-feira (25) e protestaram contra a PEC 55 do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) e o pacotaço do governador José Ivo Sartori (PMDB). Houve concentração e ato na Esquina Democrática, com manifestações de dirigentes da CUT-RS e centrais sindicais e de representantes das frentes Brasil Popular e Povo sem Medo e das ocupações de estudantes, seguida de uma caminhada até o Largo Zumbi dos Palmares.

O ato iniciou com falas de movimentos feministas, ressaltando o Dia Internacional de Luta contra a Violência à Mulheres. A bancária e secretária de Mulheres da CUT-RS, Ísis Marques, afirmou que o momento é de unidade. “Precisamos resistir para existir e disputar a consciência das pessoas para construir uma nova sociedade. Por isso, vamos à luta.”

Protesto2

Unidade e resistência para derrotar os golpistas

“Há meses estamos nesta jornada de luta e resistência para explicar para a sociedade o que é este golpe”, disse o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo. De acordo com ele, a Rede Globo plantou mentiras na sociedade “e estão passando a perna na juventude e na classe trabalhadora”.

“Queremos educação de qualidade para os filhos dos trabalhadores com escolas qualificadas e professores valorizados”, defendeu.

Claudir alertou para a agenda neoliberal das reformas de Temer e denunciou o pacote do Sartori. “Não queremos a agenda do Temer, que retira direitos dos estudantes e dos trabalhadores. Nem esse pacote de maldades do Sartori, que implementa a pauta das federações empresariais e dos patrões para desmontar o estado”, frisou.

Claudir fala

O dirigente da CUT-RS afirmou também que apenas com a unidade será possível mudar esse cenário. “Vamos  derrotá-los com a união dos trabalhadores do campo e da cidade, dos trabalhadores e dos estudantes, do setor público e do privado. Juntos vamos derrotar os golpistas”, apontou.

O presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor, salientou que as classes dominantes querem que o povo não tenha avanços. “Por isso, a nossa unidade é importante e temos muitas batalhas para enfrentar.” Ele citou a PEC 55, a reforma da previdência, a flexibilização da CLT e os projetos que regulamentam a terceirização, como alguns desses ataques. “Precisamos resistir também ao projeto neoliberal do Sartori, que prevê mais de 1.500 demissões e a perda de fundações e empresas importantes para o desenvolvimento do estado.”

Já a representante da Intersindical e dirigente da Assufrgs, Bernadete Menezes, destacou a importância dos jovens nesta luta. “Aprendemos muito com a leveza de quem não precisa prestar contas ao passado.” Ela também lembrou as mais de 39 faculdades que estão em greve. “Dia 29 vamos ocupar Brasília e mostrar que o Temer não manda neste país”, declarou antes de ler um texto de Mujica sobre o papel da militância.

O ato e a caminhada contaram com a participação de vários dirigentes da CUT-RS, federações e sindicatos.

Ocupa tudo

Dia Nacional de Luta

Na próxima terça-feira (29), quando será votada em primeiro turno a PEC 55 no plenário do Senado, será realizada uma grande vigília na Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini, com protestos contra a proposta de Temer, que congela investimentos sociais, como saúde e educação, por 20 anos.

“Vamos protestar também contra o pacotaço do Sartori, que extingue fundações, desmonta serviços públicos, demite e retira direitos dos servidores, na tentativa de implantar o estado mínimo  e a agenda 2020 das federações empresariais”, aponta a secretária de Formação da CUT-RS, Maria Helena de Oliveira. “Resistiremos para evitar retrocessos”, avisa.

Ato1

Leia a reportagem do Sul21:

Com 15 mil pessoas, ato reúne ocupações, servidores estaduais e mulheres contra PEC 241/55

Sul21 – No carro de som que preparava a concentração para o ato desta sexta-feira (25) tiveram espaço para falar: servidores estaduais ligados às fundações que tiveram sua extinção anunciada pelo Estado esta semana, estudantes das ocupações universitárias e secundaristas, centrais sindicais e mulheres ligadas à movimentos sociais. Um dos atos mais diversos de pautas, mas com todos os movimentos convergindo em protesto contra o pacote de medidas de austeridade anunciadas pelo governador José Ivo Sartori e contra PEC 241/55 do teto de gastos do governo Michel Temer.

Na Esquina Democrática, onde ocorreu a concentração para o ato, servidores do Estado ligados à Fepagro, TVE e FM Cultura, entre outros.

Vários estudantes ligados à ocupações da Universidade Federal do Rio Grande do sul (UFRGS) se revezaram no microfone para levantar pautas e demandas. “Um recado, para os economistas que não estão na ocupação: o conhecimento serve para mudar a realidade. Um dia a História vai cobrar de que lado vocês ficaram. Nós queremos fazer da educação um processo de transformação da sociedade”, disse uma estudante da Ocupação de Ciências Econômicas e Relações Internacionais.

O professor Mathias Luce, ligado ao Comando Geral de Greve da UFRGS, também falou ao microfone em nome do grupo. Os docentes da UFRGS entraram em greve na última terça (22), em apoio aos estudantes das ocupações. “Nós não aceitamos o sucateamento da universidade pública, não aceitamos que se formem seres humanos mutilados de pensamento com essa aberração da MP 746”, declarou.

Uma estudante ligada ao Comitê de Escolas Independentes (CEI), contrário à UBES e à UNE, trouxe a questão de gênero para as reivindicações: “No ambiente escolar sofremos com diretores machistas, professores machistas e queremos dizer que agora não vamos mais deixar passar em branco”. A fala foi outra lembrança ao 25 de novembro, data da morte das irmãs Mirabal, na República Dominicana.

25/11/2016 - PORTO ALEGRE, RS - Ato contra a Pec 55. Foto: Guilherme Santos/Sul21

Mulheres fizeram linha de frente do ato | Foto: Guilherme Santos/Sul21

#NenhumaAMenos

Marcando o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, mulheres de movimentos e coletivos que passaram o dia em atividade para marcar o #NenhumaAMenos, se concentraram a princípio no Largo Glênio Peres. Depois, elas foram chamadas para subir à Esquina e puxar o ato – com cerca de 15 mil pessoas – na linha de frente.

A faixa que era carregada pelas mulheres que conduziam a manifestação dizia: “Mulherada na luta contra o ajuste e a repressão”. Um resumo da pauta. Pelo caminho, elas ficavam nas primeiras fileiras da manifestação e não permitiam intrusos. Era dia oficial de dizer chega à violência de gênero que mata uma mulher a cada 6 horas no Brasil.

O ato seguiu pela Avenida Júlio de Castilhos até o Terminal de Ônibus do Camelódromo. Ali, os manifestantes pararam por alguns minutos puxando gritos contrários à PEC 241/55 diante de trabalhadores e trabalhadoras que esperavam o ônibus para voltar para casa. As pessoas paradas nas filas de ônibus filmavam o ato.

“Trabalhador, preste atenção, são 20 anos sem saúde e educação” ou “1,2,3,4,5 mil. Ou param essa PEC ou paramos o Brasil” eram alguns dos versos puxados pelos manifestantes.

25/11/2016 - PORTO ALEGRE, RS - Ato contra a Pec 55. Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Ato pacífico até a dispersão

Em seguida, o ato subiu a Rua Senhor dos Passos, em direção à Santa Casa. Porém, no entorno da Praça Dom Feliciano, o Batalhão de Choque da Brigada Militar estava posicionado fechando a passagem e deixando como única via aberta para o protesto seguir a Rua dos Andradas.

Enquanto os manifestantes entravam na Salgado Filho e depois na Avenida Borges de Medeiros, micro-ônibus com mais policiais do Batalhão de Operações Especiais da BM entravam na Rua Jerônimo Coelho, para impedir que a marcha tomasse o rumo da Praça da Matriz.

A praça está ocupada com vigília de servidores estaduais desde o anúncio do pacote de Sartori, que trouxe nele a extinção de 9 fundações estaduais e a previsão de 1.200 funcionários demitidos.

Os manifestantes seguiram pela Avenida Borges de Medeiros até o Tribunal de Justiça. Em frente ao TJ, puxaram uma vaia coletiva, lembrando aumentos recentes aprovados para o Judiciário.

Em seguida, o ato entrou na Avenida Praia de Belas e seguiu para o Largo Zumbi dos Palmares, já no início da Cidade Baixa. Até esse momento, apesar da presença ostensiva da Brigada Militar marcada nas ruas laterais, com a cavalaria colocada a postos quase no final e o helicóptero – já tradicional em protestos contra o governo Temer – sobrevoando a região, o ato seguiu pacífico. Foram mais de 15 mil pessoas marchando contra a reforma que ameaça direitos.

Com o Choque fechando o final da Loureiro da Silva, em direção a Avenida João Pessoa, o ato dispersou no Largo Zumbi dos Palmares. Estudantes das Ocupas ainda aproveitaram o momento para se reunir em rodas de conversa no local.

Ainda assim, houve conflito com a BM. Um grupo de mascarados que acompanhava o ato – responsáveis por quebrar as janelas do Banco Santander, ainda na Borges – decidiu insistir em seguir pela João Pessoa. Com o bloqueio do Choque, eles passaram a atirar foguetes, bombinhas e sinalizadores na direção dos policiais. Houve tentativa de quebrar vidros de um hotel localizado na Loureiro.

Os policiais reagiram atirando bombas de gás lacrimogêneo. Pessoas que estavam em bares pela região, tiveram de se abrigar para escapar da fumaça.

Não houve feridos, mas no dia em que o governo Michel Temer pode ter começado sua contagem regressiva, com a demissão de um dos homens de confiança do presidente, Geddel Vieira Lima, e as gravações do ex-ministro Marcelo Calero, um ato marcado por apoio popular, terminou em fumaça mais uma vez.

 

Fonte: CUT RS e Sul 21

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Dia do Trabalhador

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Redução da taxa de juros é pauta importante da classe trabalhadora neste 1° de Maio

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Redução da taxa de juros é pauta importante da classe trabalhadora neste 1° de Maio

26 abril, sexta-feira, 2024 às 12:33 pmComentários

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No dia 1° de Maio, Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, a CUT e as demais centrais sindicais farão atos políticos e culturais em todo o país para mobilizar a classe trabalhadora em torno de suas pautas que englobam a defesa de direitos, democracia e desenvolvimento econômico para gerar mais empregos e renda à população brasileira.

Uma dessas pautas é a redução da taxa de juros definida pelo Banco Central (BC), a Selic. Usada como controle da inflação, ela serve como referência para todas as outras taxas de juros do país e vem se mantendo em patamares elevados há quase três anos. Atualmente está em 10,75% ao ano e ainda é uma das mais altas do mundo, ainda que o Conselho de Política Monetária (Copom) venha reduzindo a taxa a “a conta-gotas”.

Apesar do discurso de controle da inflação, diversos estudos demonstram que juros altos são péssimos para o desenvolvimento econômico, o que, por consequência, prejudica a população brasileira, em especial as camadas de mais baixa renda. É a classe trabalhadora que sofre pagando juros altos em financiamentos, cartão de crédito e todas as demais operações financeiras.

Além disso, por atrapalhar o crescimento econômico, não permite uma maior geração de empregos.

Outro imenso prejuízo ao país e aos brasileiros é que os juros altos aumentam os preços, encarecem os empréstimos e empurram o consumo para baixo e assim, o comércio fica enfraquecido, a produção diminui e as empresas, sem ter para quem vender deixam de expandir seus negócios, empregando menos trabalhadores.

Pauta dos trabalhadores

A luta contra os juros altos é uma luta do movimento sindical, que ao longo do ano passado fez diversas manifestações contra a política monetária do Banco Central, que é uma instituição independente e presidida pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, que mesmo com aumento do Produto Interno Bruto (PIB) e queda da inflação em 2023, continuou ‘boicotando’ o atual governo.

A vice-presidenta da CUT Nacional, Juvandia Moreira, que esteve presente nos atos, defende que é preciso reduzir os juros para o país crescer mais.

“O Brasil possui uma das maiores taxas de juros reais de todo o mundo. Isso prejudica a economia, aumenta o endividamento das famílias e do Estado e freia a geração de empregos. Só os bancos e os especuladores financeiros ganham com as altas taxas de juros. Toda a sociedade é prejudicada”, reforça Juvandia, lembrando que taxa de juros alta tende ‘mergulhar’ os trabalhadores em dívidas, com juros impagáveis.

“O problema é que para pagar suas contas e sair da inadimplência, a população precisa de emprego, ter renda e, para isso é preciso baixar a Selic mais rapidamente para que as empresas e o governo federal tenham condições de fazer investimentos”, diz Vivian Machado, técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), da subseção da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT).

Bandeira de luta do 1º de Maio

O ato do 1º de Maio, Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, será a partir das 10 horas no Estacionamento Oeste da Neo Química Arena (estádio do Corinthians), zona leste da capital de São Paulo. Além do ato político com a presença do presidente Lula, haverá música, diversão e ações de cidadania.

“Por um Brasil mais justo, é tema do 1° de Maio deste ano e para que haja mais justiça social nesse país, eu convido a classe trabalhadora a participar das atividades deste 1º de Maio e exigir a redução da taxa básica de juros, emprego decente, correção da tabela do imposto de renda, a valorização dos serviços e das servidoras e servidores públicos, além de igualdade salarial para quem realiza o mesmo trabalho e aposentadoria digna para quem tanto trabalhou para ajudar o país”, destaca Juvandia Moreira.

Independência do BC – por quê as taxas não baixam?

Embora o presidente Lula (PT) e sua equipe econômica critiquem o índice, o governo federal nada pode fazer porque a Selic é definida pelo Banco Central (BC), que se tornou independente em fevereiro de 2021, após o Congresso Nacional aprovar uma lei que foi sancionada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL).

O presidente do Banco Central é escolhido pelo presidente da República e tem mandato de quatro anos. De acordo com a lei, apenas o Senado tem o poder de avaliar a conduta do presidente Campos Neto. Desta forma, é o Senado que pode decidir a permanência dele no cargo. O mandato de Campos Neto, escolhido por Bolsonaro, termina em dezembro deste ano.

A taxa Selic é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), órgão ligado ao BC. A partir de agosto do ano passado, a Selic passou a cair meio por cento a cada 45 dias, saindo de 13,75% para os atuais 10,25%. Mas este ritmo de queda pode diminuir, depois que o presidente do BC, Campos Neto, disse há “incertezas no cenário macroeconômico, principalmente sobre os juros dos Estados Unidos”.

Segundo o Boletim Focus, publicado na terça-feira (23), os juros básicos devem encerrar este ano em 9,50%. No relatório da semana passada, o BC apontava para uma taxa terminal a 9,13% ao ano. Para 2025, a projeção foi a 9,0%, depois de 19 semanas em 8,50%. A próxima reunião do Copom será nos dias 7 e 8 de maio.

O presidente Lula disse na última segunda-feira (22), que não vai mais falar mal do índice, depois de muitas críticas feitas por ele desde que está no cargo. “Todo mundo sabe que está difícil, mas hoje, aqui, a gente tomou a seguinte decisão: a gente não ficar lamentando o que é difícil, o que a gente não controla. A gente vai fazer aquilo que a gente pode”, disse, durante o lançamento do programa Acredita, que prevê renegociação de dívidas para Médias Empresas (ME) e Micro e Pequenas Empresas (MEIs), nos mesmos moldes do Desenrola.

Fonte: CUT BRASIL

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CUT-RS expressa insatisfação com negociações do piso mínimo regional para 2024 e reivindica maior reajuste

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Mesmo com a ausência das federações empresariais, a CUT-RS e as centrais sindicais participaram, nesta terça-feira (23), da última rodada de negociações do Comitê de Negociação do Piso Regional do RS, no Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), com a presença do secretário de Trabalho e Desenvolvimento Profissional, Gilmar Sossella.  

Após diversas rodadas de negociações entre sindicatos e representantes do setor empresarial no Rio Grande do Sul, o Fórum das Centrais Sindicais do RS entregou ao secretário um documento com o posicionamento final sobre o processo de reajuste do salário mínimo regional para 2024.

Apesar de o governo do estado ter proporcionado uma estrutura adequada para as negociações, mediadas pela Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Profissional, as centrais sindicais consideram o resultado insatisfatório.

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Comitê de Política de Valorização do Piso Salarial

O governo estadual instituiu, por meio do Decreto Nº 57.502 de março de 2024, um Comitê de Política de Valorização do Piso Salarial, um avanço para a inclusão de categorias de trabalhadores e trabalhadoras sem representação sindical. Entretanto, a negociação foi marcada por desacordos significativos. Apenas na terceira reunião o setor patronal apresentou uma proposta de reajuste de 2,21%, muito abaixo do pedido inicial dos trabalhadores, de 14,82%. Como contraproposta, as centrais sindicais reduziram sua reivindicação para 8,45%, em linha com o reajuste do salário mínimo nacional, porém sem sucesso nas negociações.

No documento o Fórum das Centrais Sindicais destacou vários problemas nas negociações do reajuste do mínimo gaúcho nos últimos anos, incluindo reajustes abaixo da inflação, falta de retroatividade, e atrasos na aprovação e implementação dos reajustes. Esses problemas resultaram em perdas significativas para os trabalhadores, agravadas por aumentos consideráveis no custo da cesta básica.

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Diante da falta de consenso, as centrais pediram ao governo do estado que estabeleça o índice de reajuste e encaminhe, em regime de urgência, o projeto de lei à Assembleia Legislativa com os valores nominais para as cinco faixas do Mínimo Regional.

As centrais sindicais também solicitaram que o índice de 8,45% seja considerado e que o governo Leite leve em conta as negociações e convenções coletivas de outros setores econômicos, como o agronegócio, que têm obtido reajustes superiores a 7%.

A CUT-RS espera que o processo de reajuste avance rapidamente para evitar mais perdas aos trabalhadores do estado.

Fonte: CUT-RS

Fotos: Matheus Piccini / CUT-RS

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Brasil tem o maior número de resgatados do trabalho escravo em 10 anos, mostra CPT

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O Brasil teve, em 2023, o maior número de pessoas resgatadas em situação de trabalho escravo no campo. Os dados foram divulgados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), que contabilizou 2.663 vítimas resgatadas em 251 casos de trabalho escravo denunciados.

O relatório anual Conflitos no Campo Brasil, publicado pela CPT, mostra que os números de casos de trabalho análogo à escravidão identificados e de trabalhadores envolvidos vêm crescendo de maneira consistente desde 2021, quando o número de vítimas resgatadas voltou a ser maior que 1.000 após sete anos.

A CPT aponta que os números crescentes têm relação direta com o aumento de ações de fiscalização realizadas nos últimos três anos, não só no campo como também nas cidades. Ao Brasil de Fato, o frei Xavier Plassat, agente da CPT em Araguaia (TO) e coordenador da campanha “De Olho Aberto para Não Virar Escravo” afirma que os casos ainda estão gravemente subnotificados.

“A gente não tem uma noção clara do tamanho do iceberg. A gente está, através do resgate, enxergando a parte visível do iceberg. Mas o tamanho do que está embaixo não é visível. Daí a necessidade de um trabalho intensificado de sensibilização, de divulgação e informação da população e incentivo à vigilância e à denúncia”, apontou.

“Quanto mais você fiscaliza e resgata, mais suscita o incentivo para novas pessoas se darem conta da situação e denunciarem. O exemplo típico é o trabalho escravo doméstico. Cinco anos atrás quase não se falava, e nos últimos anos está crescendo a uma velocidade impressionante”, complementou Plassat.

Nas atividades rurais, a maior parte dos resgates de mão de obra escravizada foi na cultura de cana-de-açúcar, com 618 trabalhadores. As lavouras permanentes vêm a seguir, com 598 resgates (sendo 302 na do café e 210 na da uva); enquanto as lavouras temporárias tiveram 477 resgates.

Entre os estados brasileiros, Goiás foi o que teve o maior número de trabalhadores retirados do trabalho escravo: foram 699 no total. Minas Gerais (com 472 resgates) e Rio Grande do Sul (323) vieram a seguir. Entre os casos no Rio Grande do Sul destaca-se o das vinícolas Aurora, Garibaldi e Salton, onde 210 trabalhadores foram resgatados na colheita da uva.

Para Plassat, o governo Bolsonaro agiu e desidratou contra diferentes tipos de fiscalização – entre elas as fiscalizações trabalhistas. Isso se somou a uma paralisia de muitos anos nas contratações de auditores fiscais do trabalho – a categoria está mobilizada desde o início do ano para pressionar o atual governo. Ele defende que um novo concurso para o cargo garanta a distribuição dos profissionais por outras áreas.

Os estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Bahia e Rio Grande do Sul concentram dois terços das ações de fiscalização no país nos últimos três anos. A CPT aponta que estados como Mato Grosso, Piauí, Maranhão e, especialmente, a região amazônica, ainda estão muito abaixo do ideal em número de ações de fiscalização.

“Não será satisfatório [o número de fiscalizações] enquanto não formos capazes de fiscalizar o maior risco associado a várias violações: mineração ilegal, invasão de território, desmatamento, violações graves do ordenamento fundiário, que são geralmente associados também à prática do trabalho escravo”, pontuou Plassat.

Fonte: Brasil de Fato

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