Minha Casa, Minha Vida terá retomada urgente, diz novo ministro de Cidades

O Ministério das Cidades, extinto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que abandonou o país no dia 30 de dezembro de 2022, será comandado por Jader Filho (MDB), que já determinou qual será a prioridade de sua gestão.

“Um dos principais caminhos para resolver essa chaga nacional é a retomada urgente do Minha Casa, Minha Vida. Os números passados atestam a importância do programa. Mais que os números, existem pessoas e famílias. A gente não pode dormir tranquilo, enquanto milhões de brasileiros estão nas ruas, sem abrigo”, disse Filho.

No discurso de posse nesta terça-feira (3), o ministro criticou o estágio em que o atual governo encontrou os programas sociais. “Precisamos reconstruir quase tudo nesta pasta, incluindo o Minha Casa, Minha Vida. Um programa tão importante neste país, reconhecido pela população, mas que havia sido descontinuado”.

O desmonte do Minha Casa, Minha Vida, batizada de Casa Verde e Amarela por Bolsonaro deixou milhares de moradias sem terminar e provocou milhares de demissões na área da construção civil, que mais emprega no país.

O governo anterior chegou a cortar 90% nas verbas do programa, com a paralisação das obras de 140 mil casas populares.

O orçamento para este ano só foi recomposto após a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC ) da Transição.  O foco do novo programa será a população brasileira de baixa renda de até  R$ 2.400. 

O novo ministro disse que quer investir também em saneamento básico e “azeitar o diálogo” com os movimentos sociais. Por isso, criou a Secretaria Nacional de Políticas para Territórios Periféricos. “São vocês que trazem novas experiências e a demanda organizada de parcela da população que ficou desassistida nos últimos anos”, disse.

Durante o governo de Bolsonaro, habitação, saneamento e mobilidade, temas que estão no guarda-chuva do Ministério das Cidades, eram de responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Regional.

Foto: Jose Cruz / Agência Brasil

Fonte: Thalita Pires, Brasil de Fato | Editado por: Rosely Rocha – CUT Brasil