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No JC: Fecosul quer ampliar direitos e renda dos trabalhadores das grandes redes
Confira o conteúdo do Espaço Fecosul e SindescRS desta quarta-feira (9/9), no Jornal do Comércio.
Intensificar a atuação junto as grandes redes do comércio com objetivo de buscar soluções coletivas das irregularidades cometidas contra os trabalhadores, buscar melhores condições de trabalho e ampliar os direitos dos comerciários. Esses são alguns dos objetivos da Fecosul, assim como garantir os direitos mínimos estabelecidos na legislação e nas convenções e acordos coletivos de trabalho.
Os três ramos de grandes redes no Rio Grande do Sul são supermercados, lojas e farmácias. Os principais problemas apresentados em todos os ramos são os baixos salários e a grande rotatividade. No setor lojista tem ainda a questão dos contratos de trabalho, com comissões, que poucos trabalhadores entendem e nunca sabem o quanto vão receber no final do mês. Nas farmácias a busca é pela ampliação dos direitos sociais como auxílio alimentação e auxílio estudante.
Já nos supermercados os salários são ainda mais baixos que nos outros setores, a jornada mais longa e a rotatividade maior. “Nos supermercados ainda têm a questão de ser um emprego de transição, ‘até aparecer oportunidade melhor’, já que a grande maioria dos trabalhadores tem média de idade baixa e não tem experiência”, diz o Secretário de Relações do Trabalho da Fecosul, Luiz Fernando Branco Lemos. “Destacando também o não cumprimento da Norma Regulamentadora 17 (NR17) que trata do trabalho dos caixas e serviço de empacotamento que na maioria das redes varejistas não tem”, acrescenta Lemos.
Outro benefício que a Fecosul está buscando junto as grandes redes é a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que segundo Lemos tem sido um instrumento para melhorar os rendimentos dos trabalhadores. “Estamos buscando maior abrangência para as empresas que já adotam o PLR e também procurando implantar naquelas que ainda não aplicam esta política”, explica lemos.
Desde 2013, a Fecosul vêm trabalhando no sentido de contemplar os três eixos principais, em relação as grandes redes, que são:
1. Ações no sentido de garantir efetivamente, os direitos acordados nas convenções e normas consolidadas, buscar auxílio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e do Ministério Público do Trabalho (MPT) e orientar seus sindicatos filiados a se engajar nesta ofensiva.
2. Debater a necessidade de melhorar as condições de trabalho e os salários dos trabalhadores.
3. Ampliação dos direitos, a Fecosul propõe rodada de negociação com as empresas com o objetivo de proporcionar aumento dos benefícios aos empregados como melhorar o vale alimentação, o auxílio estudante, o auxílio creche, o plano de saúde, a PLR, a ampliação da licença maternidade, entre outros.
Conforme Lemos, nos últimos anos a Fecosul tem intensificado a atuação nas negociações com as grandes redes para a construção de políticas de melhorar os salários dos trabalhadores nas lojas e conquistar o PLR. “Muitas conquistas já foram obtidas, mas ainda há muitos benefícios para serem garantidos. Neste sentido é fundamental a participação e colaboração dos sindicatos filiados nas negociações e cumprimento dos acordos, assim como em denunciar as irregularidades cometidas pelas redes em seus municípios de abrangência”, alerta o dirigente da Fecosul.
As grandes redes são as empresas que concentram maior número de empregos e maior capacidade de competitividade, pois compram em maior quantidade e tem maiores prazos de pagamento. No entanto, são as pequenas empresas que mais empregam e que pagam melhor. Já as empresas multinacionais trazem sua cultura de fora do país que muitas vezes conflitam com a cultura do Brasil, e as vezes não respeitam a legislação e os acordos locais.
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