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Sérgio Nobre defende auxílio emergencial de R$ 600 e convoca trabalhadores a lutar contra genocídio
O presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, saudou a militância pelas manifestações desta quarta-feira (24), do Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida, da Vacina para todos e todas, do Emprego, e do Auxílio Emergencial de R$ 600, em vídeo divulgado no final desta tarde.
O dirigente também falou da luta da CUT, do Fórum das Centrais e de todo movimento sindical, com apoio essencial dos movimentos sociais, para vencer o genocídio e a recessão em curso no Brasil.
Em sua mensagem, Sérgio Nobre pediu apoio dos sindicatos à população mais pobre, com arrecadação e doação de alimentos e kits de higiene, falou sobre como as centrais estão atuando para conseguir mais vacinas em outros países e convocou os trabalhadores e trabalhadoras para o 1º de Maio unificado.
“Infelizmente, o Brasil está virando uma ameaça ao mundo porque a possibilidade de descontrole da pandemia no país, a mutação do vírus pode se espalhar pelo mundo. Por isso, nessa semana nós conversamos com vários governadores, estamos enviando cartas para a Organização Mundial da Saúde para que o Brasil tenha prioridade na obtenção da vacina”, disse Sérgio Nobre, depois de citar as estatísticas que mostram a pandemia descontrolada no país, que já registrou mais de 300 mil mortes.
As centrais, disse ele, estão em contato com o movimento sindical chinês e os governos da China, dos Estados Unidos e da Inglaterra para que ajudem o Brasil a conseguir mais vacinas contra a Covid-19.
Para o presidente da CUT, a redução do valor do auxílio emergencial de R$ 600 para valores que variam de R$ 150 e R$ 250 é uma vergonha, uma afronta ao povo brasileiro. “O governo tem de voltar atrás e pagar R$ 600”, afirmou.
“O país tem condição de manter o auxílio emergencial em R$ 600, fundamental para que a gente possa fazer um lockdown de pelo menos 21 dias, recomendado agora pelas autoridades de saúde. Para isso acontecer, a população tem de ter condição”.
As condições, segundo Sérgio Nobre, são o auxilio de R$ 600, proteção ao emprego, proibição de demissões nesse período de alta da pandemia e também socorrer os pequenos negócios, em especial bares e restaurantes, outras pequenas empresas, responsáveis por mais da metade dos empregos no Brasil. “E aí não é com empréstimos, é com linhas de fundo perdido porque pequenos negócios não têm condições de pagar empréstimos”, alertou.
O presidente da CUT encerrou sua mensagem falando sobre o Dia do Trabalho. Segundo ele, diante desta tragédia que o povo brasileiro está vivendo não pode ser um 1º de Maio qualquer ‘tem de ser um grande 1º de Maio’.
“No ano passado, nós conseguimos de maneira virtual chegar a 15 milhões de brasileiros. Este ano o desafio é pelo menos dobrar o número de pessoas que vão nos acompanhar para denunciar o governo genocida de Bolsonaro, e dizer ao povo que gente tem de estar unido para fazer esse país mudar de rota, retomar a rota do crescimento, do desenvolvimento econômico, do respeito ao povo brasileiro e cessar o genocídio em curso”.
Assista à fala de Sérgio Nobre