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Conheça as cinco mentiras divulgadas por Temer nas campanhas da reforma da Previdência

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Nos últimos meses, o governo tem investido muito dinheiro e esforço em propagandas pela aprovação da reforma da Previdência, com o objetivo de convencer a sociedade brasileira de sua necessidade e supostos benefícios.

A Secretaria Especial Comunicação Social (Secom) do governo divulgou, neste mês, que já foram gastos mais de R$ 103 milhões em campanhas publicitárias com esse intuito. Já o presidente golpista, Michel Temer (MDB), tem participado, ao longo do mês, de uma série de programas de televisão e entrevistas com o objetivo de defender a medida.

No entanto, o discurso utilizado tanto pelo presidente golpista quanto pela publicidade nas redes sociais e no site do Planalto, traz afirmações consideradas falsas por especialistas e militantes de movimentos populares que se opõem à reforma da Previdência. O Brasil de Fato entrou em contato com essas pessoas e buscou entender quais as principais críticas aos argumentos que têm sido apresentados.

Propagandas do governo espalham inverdades sobre a Seguridade Social no país

1 – A Reforma da Previdência vai “igualar as pessoas”

Uma das principais linhas discursivas do governo é a de que a reforma da Previdência trará maior igualdade social, uma vez que supostamente combateria os privilégios previdenciários dos mais ricos.

Uma série de imagens, trazendo fotografias de pessoas que representariam trabalhadores e frases como “o fim dos privilégios, ou fim das aposentadorias”, estão sendo publicadas na internet pelo governo. Em um site oficial da reforma, criado pelo governo, é possível ainda encontrar a seguinte informação: “Os privilegiados estão espalhando boatos para manter os privilégios. (…) A nova lei para aposentadoria não retira direitos, pelo contrário: ela promove igualdade”.

As afirmações dizem respeito ao fim de especificidades na aposentadoria do funcionalismo público. Com a reforma, as categorias só poderiam receber a integralidade da aposentadoria alcançando a idade mínima de 62 anos para mulheres, e 65 anos para homens. No entanto, o tom dado pelo governo, de que a diferença entre o regime geral e o regime público de aposentadoria é causa importante da injustiça social no país, é amplamente criticado.

Para o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, existem sim privilégios para categorias no funcionalismo público, mas as regras específicas da Previdência não fazem parte deles.

“O governo fala como se todo trabalhador funcionário público recebesse salários abusivos, sendo que a grande maioria tem salários baixos. Essa aposentadoria diferenciada vem para proteger os trabalhadores para que ele venha prestar serviço de qualidade para o Estado, para atender corretamente a população. Não é uma mordomia. Ele dá a impressão que todo mundo que trabalha em um posto do INSS é marajá, e não é como parte do Ministério Público que recebe auxílio moradia mesmo tendo moradia. Essa é a diferenciação que temos que fazer”, apontou.

Vagner destaca ainda o impacto dos “privilégios” concedidos à iniciativa privada, quando não há a tributação correta da Previdência dos trabalhadores. ”O empresariado sonega e não paga. Você tem uma lista de empresas devedoras da Previdência enorme, outras são sonegadoras, que não repassam para a Previdência o que descontam dos trabalhadores. Por isso, a CUT sempre fala que uma reforma da Previdência é realmente necessária, mas o que estão fazendo não tem nada a ver com isso”, afirmou.

2 – Previdência “abocanha” orçamento e faz governo economizar em direitos

A ideia de que a Previdência é um dos maiores “gastos” do governo e de que isso está por trás da falta de orçamento para áreas sociais também vem sendo amplamente divulgada por Temer. “Além de criar um grupo de privilegiados, isso faz a Previdência abocanhar a maior parte do orçamento, impedindo o governo de aumentar os investimentos em educação, segurança, saúde e em outras áreas também importantes para a vida do brasileiro”, diz o site oficial da reforma.

Em entrevista ao Programa de Silvio Santos no final de janeiro, Temer afirmou que caso não haja a reforma, o Brasil vai sofrer os mesmos cortes de orçamento que vitimou países como a Grécia. Para o presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip), Floriano Martins de Sá Neto, a conta divulgada pelo governo não atende os procedimentos determinados pela Constituição Federal.

“A campanha que o governo vem utilizando é mentirosa. O governo faz um terrorismo para justificar a reforma, que vem no sentido de diminuição de direitos, dizendo que a Previdência está quebrada, mas ela não está quebrada, não está falida”, afirmou.

De acordo com de Sá, a forma como o governo calcula os gastos com a Previdência considera também outros dois pontos do tripé da Seguridade Social: a assistência social e a área da saúde. Paralelamente, as contas não incluem parte das arrecadações de outras fontes orçamentárias que deveriam ser revertidas para o Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS), como o Cofins, contribuição calculada sobre a receita bruta das empresas.

Em paralelo, para Vagner Freitas, a ideia de que o governo investiria o dinheiro economizado com a Previdência em áreas sociais também é mentirosa, tendo em vista o congelamento dos investimentos pelos próximos vinte anos aprovado pelo governo Temer no final de 2016.

“Se quisessem investir em saúde e educação, não teriam estabelecido um teto de investimento do Estado nesses setores que são os mais importantes. Quando esse governo faz o planejamento dos recursos da união, ele já deixa claro que não tem como prioridade a saúde e educação a partir do momento que trata como gasto e não como investimento”, disse.

3 – Rombo na Previdência

A justificativa principal do governo para a reforma da Previdência é um suposto rombo que se aproximaria dos R$ 300 bilhões. De acordo com o site oficial do governo, o déficit na Previdência já representa 9,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, e, com o envelhecimento da população, se acentua anualmente.

De acordo com a professora do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Esther Dweck, que escreveu um artigo ao Brasil de Fato sobre o tema, o discurso sobre o déficit é “falacioso”.

“O regime geral de previdência social (RGPS) e os benefícios assistenciais têm reconhecido efeito distributivo e de garantia de uma renda estável, ao longo de toda a vida, para grande parte da população brasileira. A Previdência se encontra relativamente equilibrada. Enquanto a economia cresce, as receitas da seguridade cresciam mais do que as despesas, principalmente entre 2006 e 2013″, afirmou.

Em relação ao envelhecimento da população, Dweck destaca: “Até 2030, o Brasil estará vivendo o chamado “boom demográfico” com a menor razão de dependência, a população em idade ativa será muito superior à população de crianças e idosos, o que não demandaria qualquer alteração durante esse período por questões demográficas”.

De acordo com os dados da Anfip divulgados em 2015 sobre a Seguridade Social, somando-se às despesas de benefícios previdenciários as contribuições previdenciárias, que tem boa parte de suas receitas não contabilizadas nos dados divulgados pelo governo, temos um saldo superavitário de R$11 bilhões.

4 – Aposentadoria rural não será mais prejudicada

Um dos temas mais polêmicos do antigo projeto de reforma da Previdência era o fim das especificidades da aposentadoria rural. Os trabalhadores rurais têm uma redução de cinco anos na idade mínima de suas aposentadorias, devido aos riscos e características próprias da profissão.

No site da reforma da Previdência, o governo garante que o novo texto, de relatoria do deputado Arthur Maia (PPS-BA), mantém os direitos dos trabalhadores rurais. “A nova lei para aposentadoria tem como um de seus pontos mais essenciais a proteção para quem trabalha na agricultura e na pecuária”, diz o site.

Para o dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Gilmar Mauro, no entanto, os direitos dos trabalhadores rurais continuam ameaçados, mesmo com a manutenção da aposentadoria rural na reforma. “Os camponeses são uma parte dessa classe trabalhadora, mas os filhos dos camponeses, a juventude que hoje estuda, vai para muitas outras categorias. Então a juventude das pessoas, seja do campo ou da cidade, estará completamente comprometido se essa reforma passar”, afirmou.

O dirigente completa ainda que o MST continuará mobilizado contra a reforma, também em apoio às demais categorias afetadas. “A questão que está colocada é que a reforma da Previdência interessa ao capital financeiro, que tem empresas de Previdência privada, para usar os recursos do povo brasileiro em benefício próprio. Então não se trata de uma categoria específica, é uma luta da classe trabalhadora, derrotar a reforma da Previdência é fundamental para a garantia de direitos da população brasileira”, afirmou.

5 – “A população está sendo convencida da necessidade da reforma”

Houve diversas tentativas de votar a reforma da Previdência ao longo de 2017, que acabaram sendo adiadas pelo governo por conta da baixa popularidade do tema. Em entrevista ao programa da jornalista Mariana Godoy, realizada nesta segunda-feira (5), no entanto, Temer destacou que acredita que a reforma da Previdência será aprovada, pois está ocorrendo um “convencimento popular da invencibilidade da Reforma”, e de sua necessidade.

As afirmações do presidente não condizem com as pesquisas de opinião realizadas ao longo do ano. Em maio de 2017, uma sondagem divulgada pelo Datafolha mostrou que 7 em cada 10 brasileiros se diziam contrários à reforma. Já em dezembro de 2017, um levantamento realizado pela empresa MindMiners mostrou que 68,7% das pessoas eram contrárias à versão atualizada da reforma, e 18,8% não souberam opinar.

Em paralelo, a popularidade do governo Temer continua a mais baixa da história do país, tendo alcançado 3% de aprovação em setembro de 2017, de acordo com a pesquisa do CNI-Ibope. Já um levantamento do grupo Eurasia, especializado em análise de risco para investidores, colocou o emedebista como campeão em rejeição entre os líderes do mundo todo, com apenas 7% de aprovação.

 

Fonte: Brasil de Fato

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Sindicomerciários fecha convenção coletiva 2024 para concessionárias de Veículos de Viamão e cidades base

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Com trabalho e empenho, o Sindicomerários Viamão conseguiu fechar mais uma convenção coletiva. Agora, os trabalhadores das concessionárias de Veículos de Viamão e cidades base terão reajuste de 4, 20%, índice acima da inflação. A negociação deste ano também incluiu mais benefícios nas cláusulas sociais, dentre eles auxílio estudante, plano odontológico, auxílio cheche e seguro de vida.

As diferenças salariais devem ser pagas nas folhas de pagamento de setembro e outubro.

Veja como ficaram os salários mínimos profissionais da categoria, a partir de 1º MARÇO de 2024 vigorarão com os seguintes valores:

A) Empregados que percebam salário fixo: R$ 1.828,00 (Um mil oitocentos e vinte e oito reais);
B) Empregados que exerçam a função de vendedores de veículos será garantido um piso mínimo de 1,3 salários da alínea “A” desta cláusula;
c) Demais trabalhadores que percebam comissões será garantido um piso mínimo de 1,2 salários da alínea “A” desta cláusula.
Reajustes/Correções Salariais.

O presidente do Sindicomerciários, Paulo Ferreira, informou que em breve as negociações para os trabalhadores das farmácias também deverão ser finalizadas. “Estamos dedicando todos os esforços para que o quanto antes a patronal aceite nossas reivindicações e possamos estar divulgando os reajustes”, destacou o presidente.

A convenção coletiva completa pode ser acessada no nosso site: sindicomerciariosviamao.com.br/dissidios

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A menos de 30 dias do 1º turno, eleitores devem atualizar e-Título

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Com o primeiro turno das eleições municipais de 2024 agendado para o dia 6 de outubro, quem ainda não atualizou o aplicativo e-Título deve fazê-lo o quanto antes, com o objetivo de garantir tranquilidade e facilidade no momento de participar do pleito. O alerta é do próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A recomendação é que os eleitores baixem o aplicativo antecipadamente para evitar “eventuais filas virtuais” nos dias mais próximos às eleições, o que pode comprometer a qualidade da conexão em virtude da grande quantidade de acessos simultâneos. O tribunal orienta não deixar a atualização para a última hora.

Na última quinta-feira (5), a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, incentivou a atualização do e-Título. No início da sessão plenária, ela avaliou o procedimento como tranquilo e fácil. “Gostaria de lembrar, mais uma vez, às eleitoras e aos eleitores que não deixem essa atualização para os últimos dias.

Como atualizar

Para realizar o procedimento, é preciso acessar a aba de atualização de aplicativos nas lojas virtuais Google Play e Apple Store, a depender do tipo de celular utilizado, e clicar em “atualizar”. Fazendo isso, o e-Título já estará com a versão mais recente disponível.

Em nota, o TSE informou que a última atualização do aplicativo, feita no dia 1º de setembro, trouxe aperfeiçoamentos na identificação por biometria e na consulta ao local de votação, além de ajustes na melhoria do desempenho. 

Basta o e-Título?

No comunicado, o tribunal reforçou que, para votar, é preciso apresentar apenas um documento oficial com foto. Para quem quiser se identificar apenas pelo e-Título, o perfil no aplicativo precisa vir com foto, o que só é possível por meio de cadastramento biométrico prévio na Justiça Eleitoral.

Funcionalidades

O e-Título permite obter a via digital do título de eleitor e o acesso rápido a informações cadastradas na Justiça Eleitoral.

Desde que foi lançado, no final de 2017, o aplicativo ganhou diversas funcionalidades – além de consultar o local de votação, é possível emitir certidões; justificar ausência no pleito; acessar e emitir guias para pagamento de multas; autenticar documentos emitidos pela Justiça Eleitoral; e inscrever-se como mesário voluntário. 

Fonte: CUT RS

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Paula Montagner mediou no BNDES debate sobre os desafios do novo mundo do trabalho

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A subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Paula Montagner, atuou como mediadora no debate sobre os desafios do novo mundo do trabalho durante o Seminário Internacional Desenvolvimento e Mundo do Trabalho – Desafios para Políticas Públicas e Negociações Coletivas, organizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com o MTE, centrais sindicais (CUT, UGT, FS, CTB, NSCT, CSB) e Fundação Friedrich Ebert (FES) nesta segunda-feira (26) no Rio de Janeiro. O seminário reuniu especialistas de diferentes áreas para discutir as estratégias necessárias para o futuro do mercado de trabalho no Brasil.

Em sua intervenção, Montagner destacou a complexidade crescente do mercado de trabalho diante das rápidas transformações tecnológicas e sociais e enfatizou a necessidade de uma abordagem integrada que considere tanto os avanços tecnológicos quanto as novas demandas dos trabalhadores e das empresas.Para ela, o sistema educacional, por meio dos institutos tecnológicos de pesquisa, é importante parceiro nessa corrida contra o tempo

“Nós formamos nas escolas técnicas, profissionais voltados para a pesquisa. Elas precisam nos ajudar, a criar uma estratégia de uso da tecnologia que contribua com a solução dos nossos problemas. Seguimentos profissionais da área de educação têm muito para crescer, e muito para oferecer”, ressaltou.

Montagner afirmou a importância de estatísticas e estudos detalhados para entender as mudanças no mercado de trabalho e formular políticas públicas eficazes. Segundo ela, a coleta e análise de dados são fundamentais para identificar tendências, antecipar desafios e propor soluções que promovam o emprego digno e o desenvolvimento econômico sustentável, citando como exemplo uma recente pesquisa realizada pelo MTE sobre o motivo das demissões dos trabalhadores, que tem crescido.

“Neste levantamento usamos as novas tecnologias (a Carteira Digital do Trabalho) e vimos que ¼ dos trabalhadores dizem que se sentem estressados e por isso buscam mudar de emprego para ter um trabalho menos estressante”, ressaltou.  Segundo ela, as novas tecnologias pedem que repensemos nossa capacidade de pensar, de sentir e de se solidarizar.

A subsecretária também abordou a questão da digitalização e da inteligência artificial, destacando que, embora essas tecnologias tragam inovações, elas também impõem desafios significativos para a força de trabalho. Ela enfatizou a necessidade de políticas que garantam a inclusão digital, a capacitação contínua dos trabalhadores e a proteção dos direitos laborais, para que todos possam se beneficiar das transformações em curso.

Inteligência Artificial – A economista sênior da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Jeanine Berg, enfatizou em sua palesta no Seminário a importância do investimento para a criação de empregos, especialmente empregos decentes. Ela abordou o impacto da inteligência artificial (IA) e da digitalização no mercado de trabalho, desmistificando a ideia de um “apocalipse de empregos” e ressaltando que a IA pode transformar, em vez de eliminar, postos de trabalho. “Embora a tecnologia possa substituir certas funções, ela também cria oportunidades, com o potencial de aumentar a produtividade e gerar novos empregos”, argumentou.

Além disso, destacou a necessidade de governança na integração da IA propondo a reciclagem e recolocação de trabalhadores afetados pela automação, citando como exemplo a empresa multinacional sueca IKEA que vende móveis e artigos de decoração. A empresa reciclou funcionários substituindo por tecnologia de atendimento aos clientes (chatbots) para novas funções dentro da própria empresa.

O Coordenador do Fórum das Centrais Sindicais, Clemente Ganz, falou sobre o impacto das transformações tecnológicas, da inovação e das mudanças climáticas e como esses movimentos estão moldando o futuro do trabalho no Brasil.  “Essas forças combinadas representam desafios inéditos para o movimento sindical e para a sociedade brasileira como um todo”.

Ganz ressaltou a rápida evolução tecnológica como a primeira grande frente de transformação, englobando desde novos materiais até avanços em biotecnologia, reconfigurando o sistema produtivo. Ele apontou que, embora essas inovações otimizem e substituam a força de trabalho física, também geram novas oportunidades de negócio, impactando significativamente a economia brasileira.

No entanto, Lúcio alertou para a crescente desigualdade produtiva no Brasil. “Enquanto as micro e pequenas empresas respondem por dois terços dos empregos, elas detêm apenas 10% da produtividade das grandes empresas. Esse abismo produtivo, contrastante com economias mais desenvolvidas, como a da Alemanha, onde a diferença é bem menor, representa um obstáculo à transformação estrutural da economia brasileira”, aponta.

A segunda grande transformação identificada por Lúcio é o impacto da Inteligência Artificial (IA) e da conectividade, especialmente no setor de serviços, que emprega cerca de dois terços da força de trabalho no Brasil. Ele destacou que, se antes a inovação tecnológica impactava predominantemente a indústria, agora ela se estende para o setor de serviços, desafiando o movimento sindical a se adaptar rapidamente.  Lúcio observou que a IA tem o potencial de transformar profundamente a natureza dos empregos no setor de serviços, exigindo uma adaptação criativa das organizações sindicais para garantir a defesa dos direitos dos trabalhadores. Este desafio é particularmente significativo, dado que o movimento sindical historicamente enfrenta dificuldades em organizar trabalhadores desse setor.

A emergência climática foi apontada por Lúcio como a terceira grande frente de transformação. Ele citou eventos recentes, como a seca no norte do Brasil e as enchentes no Rio Grande do Sul, que afetaram milhares de trabalhadores e empresas. De acordo com ele, cerca de 4 milhões de trabalhadores no Brasil estão atualmente em risco devido às crises ambientais. Ele destacou a importância do envolvimento ativo do movimento sindical na transição para uma economia sustentável, garantindo que as políticas de mitigação dos impactos ambientais também promovam a geração de empregos e renda.

Ganz sublinhou a importância de uma ação sindical inovadora, que inclua a educação profissional contínua, a luta por uma transição justa e a promoção da igualdade de gênero no trabalho. “O sucesso do movimento sindical em enfrentar esses desafios dependerá de sua capacidade de se reorganizar e de criar novas formas de representação que inclua todos os trabalhadores, investindo em soluções criativas para problemas complexos”, disse.

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Posse da diretoria da Fecosul marca um novo ciclo de lutas

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Nesta sexta-feira, 23/08, a sede do Sindicomerciários de Caxias do Sul foi palco do evento que empossou a nova diretoria da Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do Estado do Rio Grande do Sul – a Fecosul e reelegeu Guiomar Vidor como presidente. A cerimônia, que contou com a presença de importantes lideranças sindicais, políticos e representantes do poder judiciário, marcou o início de uma nova gestão que comandará a entidade pelos próximos quatro anos.

Composta por 52 sindicatos filiados, a Fecosul reafirma seu compromisso na defesa dos direitos dos trabalhadores do comércio em mais de 470 municípios gaúchos. A solenidade iniciou com uma plenária composta pelo presidente reeleito da Federação, Guiomar Vidor, além dos presidentes do Sindicomerciários de Caxias, Nilvo Riboldi, do Sindicomerciários de Novo Hamburgo, Maria Cristina Mendes, além do Adilson Araújo, presidente da CTB Brasil, que participou por videoconferência. Os dirigentes, em uma breve fala, abordaram a conjuntura política e econômica do Brasil, destacando os desafios que o movimento sindical enfrenta no atual cenário de reconstrução nacional.

O presidente do Sindicomerciários Viamão, Paulo Ferreira, foi empossado como secretário de Relações Sindicais da Fecosul.

Em seguida, uma segunda mesa foi realizada com o tema “A Legitimidade da Norma Coletiva, da Contribuição Assistencial e o Exercício de Oposição após a Decisão do Tema 935 pelo STF”. Participaram do painel Dr. Marcelo Goulart, Procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT/RS), Dr. Joelto Frasson e Dr. Eduardo Bestetti, ambos integrantes do setor jurídico da Fecosul, Paulo Ferreira, presidente do Sindicato dos Comerciários de Viamão, e Cristiane Colombo, presidente do Sindicato dos Comerciários de Farroupilha.

A cerimônia de posse da nova diretoria para a gestão 2024-2028 teve a presença de diversas autoridades, como Luiz Arraes, da direção executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio (CNTC); Dr. Ricardo Martins Costa, presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região; Crislaine Carneiro, presidenta do Sintratel e diretora da Fecosul; e Sérgio de Miranda, vice-presidente da CTB/RS e membro da Executiva Nacional da CTB/Brasil. Personalidades da política gaúcha também estiveram presentes, como as deputadas federais, Daiana Santos (PCdoB/RS) e Denise Pessôa (PT/RS) e a vereadora de Porto Alegre, Biga Pereira (PCdoB/RS).

Ao todo, a equipe diretiva foi composta da seguinte forma:

Diretoria Efetiva: 17 nomes
Suplentes da Diretoria: 30 nomes
Conselho Fiscal Efetivo: 3 nomes
Suplentes do Conselho Fiscal: 3 nomes
Delegação Confederativa Efetivos: 2 nomes
Delegação Confederativa Suplentes: 2 nomes
Vice-Presidentes Regionais: 8 nomes

Vidor fez questão de ressaltar a importância de construir uma nova maioria política no país, voltada para a defesa da democracia, dos direitos sociais e do desenvolvimento econômico. Ele reforçou o papel da Fecosul como uma entidade que luta incansavelmente por trabalho decente, fortalecimento da justiça trabalhista e unidade sindical.

“A Fecosul tem papel crucial para a nossa categoria, representando mais de 500 mil trabalhadores e trabalhadoras, na promoção da justiça social e na defesa dos interesses da classe trabalhadora, especialmente em tempos de adversidades econômicas. Nossa federação luta pelo trabalho decente, pela democracia, pelo desenvolvimento, em defesa da unicidade sindical. É fundamental o princípio da unicidade sindical para que nossa classe seja representada por todos”, afirmou.

Após a posse, os convidados participaram de um jantar de confraternização no Restaurante São João Bosco, celebrando não apenas o início de um novo ciclo, mas também os 85 anos de história da Fecosul. A alegria do evento refletiu a confiança em mais quatro anos de intensa luta pelos direitos dos trabalhadores, mantendo viva a tradição combativa da Federação. A cerimônia também homenageou o companheiro de luta Ladi Flores Teixeira, falecido recentemente, reconhecendo sua dedicação ao movimento sindical.

A nova diretoria assume com o compromisso de continuar a trajetória de resistência e avanço, promovendo melhorias nas condições de trabalho e lutando por um Brasil mais justo e igualitário para todos.

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